Ex-presidente, marido e 2 irmãos são indiciados
Os acusados do "esquemão" na Câmara de Cuiabá:
Chica Nunes
Marcelo Ribeiro
Gonçalo Botelho Filho
Benedito Élson Santana Nunes
Élson Benedito Santana Nunes
Silas Lino de Oliveira
Ana Maria Franco de Barros
Alessandro Roberto Rondon de Brito
A gestão Chica Nunes na Câmara Municipal de Cuiabá, de 2005 a 2006, se transformou em caso de polícia e vai resultar até em prisões. Após 10 meses de investigação, um inquérito policial conclui que houve rombo de R$ 6,9 milhões.
Com isso, indiciou por formação de quadrilha, falsificação ideológica e fraudes a então presidente da Câmara e hoje deputada estadual Chica Nunes (PSDB), que está com o mandato cassado pelo TRE, o seu marido, ex-vereador Marcelo Ribeiro, pré-candidato pelo PP à Prefeitura de Barão de Melgaço, o ex-secretário de Finanças, Gonçalo Botelho Filho, dois irmãos de Chica (Benedito Élson Santana Nunes e Élson Benedito Santana Nunes), além de Silas Lino de Oliveira - acusado de ser o operador do esquema e que sacava o dinheiro no banco e constituía empresas fantasmas -, Ana Maria Franco de Barros e Alessandro Roberto Rondon de Brito, então secretário da Câmara.
O esquema consistia na elaboração e no envio de documentos preliminares para a presidente da comissão de licitação, que, por sua vez, elaborava o edital conforme os interesses da empresa vencedora. Em verdade, se tratava de um processo licitatório simulado. Foram apreendidas até notas fiscais clonadas. Entre as empresas "fornecedoras" à Câmara Municipal, que recebe hoje um duodécimo mensal de R$ 1,6 milhão, estão seis. São elas: Sol Nascente Papelaria, M.G. Sampaio Comércio, ML da Costa Teixeira ME; D´Rubia da Silva – ME Comércio e Serviços; e D´Santana da Costa Comércio e Representação.
Segundo a polícia, Chica Nunes participava de todo o processo. Chegava a se reunir com as 6 pessoas envolvidas e combinavam o objeto a ser licitado e indicava a empresa a ser "vencedora". A entrega de mercadorias era simulada. Silas seria o responsável por obter o “atestado de recebimento” do secretário-geral da Câmara. O dinheiro ia para a conta bancária das empresas ou usado para quitar cheques emitidos pela Câmara.
Entre os produtos adquiridos de "fachada" pela Câmara estão algodão hidrófilo, álcool, anestésico, gelo em cubo e atadura e broca e suco. Os acusados vão ser indiciados por formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, falsificação de documento público, crime de peculato e crime de coação a testemunhas.
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