Ao lançar pré-candidatura, Mendes já critica tucano
Ao lançar sua pré-candidatura à prefeitura de Cuiabá nesta segunda-feira, o empresário Mauro Mendes (PR) criticou os gastos com propaganda do governo municipal. Segundo ele, o montante chegaria a R$ 7 milhões anualmente. “Isso não mostra compromisso com a sociedade, mas uma preocupação de cunho pessoal”, disparou.
Ainda em entrevista coletiva, Mendes declarou que a gestão de saúde é conduzida pelo prefeito Wilson Santos (PSDB) a partir de “conveniências políticas”. “Não há, por exemplo, um treinamento de equipes”, disse Mendes, considerando que o tucano trocou ao menos seis vezes o secretário de Saúde. Ele informou que está produzindo um diagnóstico sobre os pontos negativos e positivos da atual administração.
Mendes disse esperar que os concorrentes mantenham o bom nível da campanha eleitoral. “O Wilson fez uma campanha propositiva em 2004 e esperamos que seja assim nas próximas eleições. Cuiabá tem de discutir Cuiabá”, comentou o governador Blairo Maggi (PR).
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso e crítico da política ambiental do governo federal, Mendes disse que não vai se sentir constrangido caso feche uma aliança com o PT. “Tenho direito de ter um ponto de vista diferente”. Tentando evitar comparações com o governador, ele diz ter “estilo próprio”.
Questionado sobre o valor estimado para bancar a campanha eleitoral, Mendes avaliou, sem precisar uma quantia, que os “recursos são poucos”. “O que vamos enfrentar na campanha não é diferente da gestão pública. Muitas demandas e poucos recursos. O jeito é usar a criatividade e a ousadia”.
Apoio -- O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo de Almeida (PR), chegou a assumir a condição de pré-candidato. Publicamente, em março, ele desistiu do projeto sob argumento de que teria dificuldades em conciliar as atividades de campanha eleitoral e as institucionais.
“Nunca fiz nenhuma movimentação para que o Sérgio deixasse de ser pré-candidato. E o partido e o governador também nunca me pressionaram para virar pré-candidato”, disse Mendes. De acordo com o presidente regional do PR, Moisés Sachetti, Almeida já declarou internamente que vai apoiar a pré-candidatura defendida pelo partido.
“Acho que o Mauro é muito mais candidato por convicção do que por obrigação partidária. Se empregar os métodos e a determinação que tem como empresário, ele será um prefeito excepcional”, disse Maggi. Para o governador, o tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV é suficiente para a população conhecer o empresário.
O governador preferiu não avaliar o cenário atual, considerando que nesta segunda-feira o DEM declarou apoio e assumiu a condição de vice na chapa encabeçada pelo deputado cassado Walter Rabello (PP).
O acordo entre DEM e PP visa as eleições de 2010, quando o senador Jaime Campos e o deputado estadual José Riva pretendem disputar o governo estadual e o Senado, respectivamente. “A aliança é bem-vinda. Não tem problema, 2010 é outra eleição”, sintetizou Maggi, que também considera a possibilidade de disputar o Senado.
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