Governo conhece projeto para acabar com exploração ilegal de madeira
Cem hectares de propriedade da Fundação Educacional Buriti, na região de Chapada dos Guimarães (67km de Cuiabá), são usados pela IWF Planet para o mapeamento do projeto piloto. A nova ferramenta foi apresentada ao Governo do Estado no final da tarde de terça-feira (20.05). “Ainda é um projeto, mas que vem na direção do que há muito tempo buscamos”, adiantou o governador Blairo Maggi.
O chip permite verificar se as árvores abatidas ou enviadas à indústria madeireira fazem parte do projeto de manejo. “É um projeto muito interessante. O governo vai fazer investimento depois de analisar o projeto por completo, para sairmos na frente no que vem sendo feito no Brasil, de fazer o monitoramento das árvores dentro da floresta”, avaliou o chefe do Executivo estadual.
O novo software é simples e não altera em nada o custo de projeto de manejo de Mato Grosso. Ao contrário, pode até registrar economia de 30% a 40%, como informou a equipe da IWF Planet. O secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Luís Henrique Daldegan, acredita na diminuição de recursos. “O projeto vem fazer com que tenhamos uma base de proteção sustentável que possa ser monitorada para acabar de uma vez com os ilícitos na questão florestal”, avaliou.
Os chips nas árvores possibilitam a gravação de coordenadas e informações, como nome, altura, diâmetro, volumetria, entre outros elementos necessários para o monitoramento e rastreamento. Com distribuição e controle a ser feitos pela Sema, e uma fonte única de origem. A empresa também criou um outro tipo de chip para ser implantado dentro da madeira para transportes.
“Queremos que Mato Grosso, a exemplo do que é vanguarda em muitos sistemas de produção, também seja um processo de base florestal”, argumentou o governador, garantindo trabalhar para formalizar a parceria. O investimento não deve trazer grandes custos para aquele que já faz hoje o manejo. "Nesse momento os técnicos se propõem a concluir esse projeto e é aí que entra o Governo”, revelou Blairo Maggi.
Toda a tecnologia é transmitida de dentro desse chip. A árvore com chip sai protegida e proibida de ser plaqueteada. Nada muda no sistema de manejo. “Apenas vai tirar a placa e pôr o chip. Vai ter um técnico especializado com nome, RG e CPF”, acrescentou.
VISTORIA
O programa gera um mapa de vistoria. Por exemplo, a cada 200 árvores, uma é escolhida aleatoriamente para a vistoria. A partir do momento que o técnico da Sema sair para o trabalho, ele já sai com o mapa sabendo qual é a metragem de cada árvore (se ela está no ponto de corte) e até quantos quilômetros terá que percorrer para realizar a vistoria. Com a utilização do mapa nem mesmo é necessário que ele vistorie todas as 200 árvores, pois as informações de cada uma delas estão contidas no chip. Do local da vistoria, o técnico pode enviar o relatório diretamente para o banco de dados localizado na sede da Sema.
Para garantir a segurança e confiabilidade nos sitema, todo operador da empresa é identificado. Cada um terá uma senha (nome, RG e CPF). A cada leitura que ele faz, a informação fica na TAG (software) e no aparelho coletor. Mesmo que se destrua o equipamento, a informação, criptografada, está segura, pois já está contida no banco de dados da Sema .
Além do secretário Daldegan, também acompanhou o governador a Chapada o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Antônio Carlos Camacho. O projeto piloto da IWF Planet foi apresentado pelo presidente do instituto, Roberto Bucari, e equipe de engenheiros e técnicos.
Mais informações no site: www.iwfplanet.com
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