Rabello recorre ao TSE para continuar deputado

O deputado Walter Rabello (PP) assegurou que hoje, 21, seus advogados ingressam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma ação judicial solicitando uma medida cautelar para suspender os efeitos da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) que cassou, no dia 13 de maio, seu mandato por infidelidade partidária. O parlamentar eleito pelo PMDB, trocou de partido após o prazo considerado limite pelo TSE e pelo Supremo Tribunal Federal e que acabou criando o instituto da fidelidade partidária, ou seja, o mandato pertence ao partido e não ao eleito.

"Na realidade, a Justiça Eleitoral tentou suprimir uma anômia (ausência de lei) com uma decisão judicial que ao meu ver não conserta a situação, pois em se perguntando a qualquer eleitor em que candidato ele votou, manifestação será positiva, agora a qual partido ele pertencia, fica mais difícil", acrescentou Walter Rabello.

O parlamentar lembrou da Tribuna da Assembléia Legislativa que o PMDB compreendeu os motivos que o levaram a sair da sigla, assim como a sociedade também não se opôs a nenhuma mudança. "Agora vem o Ministério Público se manifestar em relação a um assunto que é meramente partidário", disse o parlamentar reforçando que permanece candidato e está convicto de que conseguirá em Brasília reverter sua situação, inclusive suspendendo a decisão do TRE/MT que estipulou prazo para ele deixar o mandato de deputado estadual.

"O que me deixa estarrecido é que a Justiça Eleitoral fez propagandas nacionais alertando os eleitores para que estes ficassem de olho naqueles em que votaram. Quer dizer para cuidar do voto do eleitor o que vale é o candidato eleito e não o partido?", perguntou o deputado estadual que foi o segundo mais votado em Mato Grosso com 72 mil votos.

Walter Rabello conseguiu a solidariedade de todos os demais deputados estaduais presentes a sessão noturna de ontem na Assembléia Legislativa e frisou que se sente estimulado a trabalhar ainda mais pelo povo, pois o que incomoda é sua capacidade de se eleger vereador, deputado e ter grandes chances de se eleger prefeito da Capital. "Existe um sentimento de algumas pessoas contrária em ver um homem do povo comandar a principal cidade de Mato Grosso", disse.