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Politica Brasil
Terça - 20 de Maio de 2008 às 10:23

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“Não podemos admitir que o presidente da Ordem se licencie para fazer política, atendendo a um desejo pessoal, e depois, caso seu projeto não dê certo, ele retorne ao cargo. Isso acabaria com a credibilidade e autonomia da instituição”. A frase é do advogado Paulo Taques, que se reúne hoje com um grupo de advogados para discutir os aspectos jurídicos do pedido de licença do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Francisco Faiad. Uma das hipóteses é pedir a renúncia do dirigente, ao invés da licença para atividades políticas, já que ele é cotado para ser candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito Wilson Santos (PSDB), que tenta a reeleição.

A preocupação de grande parte da classe é adotar as medidas necessárias para que a entidade não saia com sua imagem prejudicada perante a opinião pública e o próprio segmento. Sabe-se que, nos bastidores, o anúncio de Faiad gerou um clima de instabilidade na própria cúpula da OAB-MT.

Os advogados reclamam por não terem sido consultados sobre a decisão de Faiad, provocando uma espécie de “racha” no seu próprio grupo. Um exemplo foram as declarações públicas do conselheiro federal Almino Afonso, que exigiu o afastamento de Faiad para a prática da política partidária. Outro posicionamento crítico foi do advogado Eduardo Mahon, que disse “custar acreditar” na decisão de Faiad.

Taques foi enfático ao defender a classe e ressaltar a preocupação com o momento de turbulência. “Trata-se de uma situação crítica, em que toda a classe precisa estar unida para evitar que uma crise maior se abata sobre o nosso segmento. E falo isso como advogado, que milita no dia-a-dia e sabe das dificuldades que poderemos enfrentar por causa de um ato como o do atual presidente”, afirmou.

Durante a reunião de hoje, os advogados devem definir também a data de uma reunião ampliada, a ser realizada na própria OAB-MT, para tratar do assunto. Na ocasião, advogados do interior do Estado serão convidados a participar e se posicionar sobre o assunto.





Fonte: Olhar Direto

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