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Politica Brasil
Segunda - 19 de Maio de 2008 às 14:35
Por: José Carlos Dias

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Carlos Minc, ex-secretário de Meio Ambiente do governo do Rio de Janeiro e convidado para substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, começou mal. Em sua primeira entrevista depois de indicado para assumir o cargo, armou, gratuitamente, um ataque a Mato Grosso, demonstrando falta de conhecimento das ações do Governo do Estado para o equacionamento da questão ambiental.

Minc criticou diretamente o governador Blairo Maggi por ele ser considerado o maior produtor de soja do mundo e, infantilmente, declarou que “com a polícia na mão, se deixar ele vai plantar soja até nos Andes”. Maggi, é bom informar ao ambientalista, sequer é o maior produtor de soja do planeta.

O futuro ministro, por desinformação ou má fé, ignora que hoje a responsabilidade ambiental de Mato Grosso não permite mais aventuras degradantes do meio ambiente. Por certo, em Paris, de onde falou, desconhece que “ninguém tem a responsabilidade ambiental que Mato Grosso tem para produzir”, como assegurou o governador recentemente, na cerimônia de inauguração de um centro de recolhimento de embalagens de agrotóxico em Rondonópolis. Os dados objetivos de que Mato Grosso “recolhe mais embalagens do que toda a agricultura dos Estados Unidos”, aproximando-se dos 100% de recolhimento, é um um dos indicadores de que o governador não está fazendo proselitismo, mas falando a verdade.

Também ignora os esforços dos últimos anos de nosso Estado em busca da sustentabilidade ambiental, apresentados no ano passado, na mesma Paris onde se encontra o ministro, perante as vigilantes ONGs de todo o mundo. Na ocasião Blairo Maggi demonstrou a sintonia do Estado com os anseios mundiais de responsabilidade social e estabeleceu convênios, inclusive para monitoramento ambiental via satélite.

Mas, apesar de ter começado mal, Minc ainda poderá colocar toda a sua suposta competência, elogiada pelo presidente Lula, na liberação de estudos de impacto ambiental de obras em tempo recorde e, mais do que depressa, ajustar as interpretações dos dados de satélite pelo INPE que colocaram Mato Grosso, indevidamente, como o grande vilão do desmatamento no país.

Levantamentos in loco da Sema comprovaram que os dados do INPE estavam errados, causando sérios prejuízos à imagem e à economia de Mato Grosso. Espera-se, portanto, que o boquirroto futuro ministro fale menos, esqueça por um tempo as belas praias de Ipanema e se dedique a conhecer a realidade brasileira, já que ele próprio confessou: “O Rio de Janeiro eu conheço muito bem. O Brasil eu conheço muito mal.”

* José Carlos Dias é jornalista e secretário de Estado de Comunicação Social.





Fonte: Secretário de Comunicação de Mato Grosso

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