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Internacional
Sábado - 17 de Maio de 2008 às 15:42

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Milhares de chineses fugiram de suas casas neste sábado com medo que as barreiras de um lago pudessem ser rompidas, o que atrasou os esforços de resgate após o terremoto de 7,9 graus na escala Richter que atingiu o país na última segunda-feira. Até agora, foram confirmadas as mortes de quase 29 mil pessoas.

Alguns trabalhadores das equipes de resgate retornaram ao Condado de Beichuan, perto do epicentro do terremoto, na Província de Sichuan, mas vários moradores estavam muito assustados para voltar. Houve temor que um lago, formado após as réplicas do terremoto terem provocado deslizamentos de terra e bloqueado o curso de um rio, inundasse a cidade.

"Após o rápido esvaziamento [do local], o trabalho de resgate voltou ao normal em Beichuan", informou um site da China, dizendo que a retirada aconteceu após um alarme falso. Uma autoridade paramilitar disse à Reuters que a probabilidade de o lago romper a barreira era "extremamente alta".

Há uma apreensão crescente com a segurança de represas e reservatórios danificados na Província de Sichuan, localizada em uma região montanhosa e que ocupa uma área do tamanho da Espanha.

Um canal de TV a cabo de Hong Kong disse que cerca de 1,2 milhão de pessoas também foram retiradas de Qingchuan, 90 km a nordeste de Beichuan, com a elevação das águas ameaçando romper barreiras de lagos. Mas não houve como confirmar a informação com fontes independentes.

Mortos

Neste sábado, o número total de mortos vítimas do terremoto aumentou para 28.881, enquanto 198.347 pessoas ficaram feridas, informou a agência de notícias Xinhua, citando o escritório de informações do Conselho de Estado.

Até este sábado, 145 réplicas do terremoto medindo quatro ou mais graus de intensidade na escala Richter foram monitoradas desde o dia 12 de maio, disse Guo Weimin, um oficial do escritório de informação.

Segundo a agência de notícias, um total de 15,6 milhões de casas localizadas nas áreas atingidas ficaram danificadas em todo o país, sendo que 3,13 milhões desabaram. Até esta sexta-feira (16), 116 mil pessoas haviam sido hospitalizadas, sendo que 15,8 mil estavam em condições críticas de saúde.

Até o momento, no entanto, não foi registrado nenhum caso de epidemia ou incidentes de emergência pública, de acordo com o Ministério da Saúde chinês. Cerca de 34 mil profissionais da saúde estão trabalhando.

Até este sábado, mais de 181 mil tendas, 220 mil cobertores e 170 mil peças de roupas foram enviadas pelo Ministério chinês de Assuntos Civis aos sobreviventes.

Equipes de especialistas de Japão, Cingapura, Coréia do Sul e Rússia foram as únicas a receber autorização para trabalhar no resgate nas zonas mais castigadas do país.

Prejuízos

Cerca de 4,8 milhões de pessoas perderam suas casas no terremoto, segundo dados oficiais. O presidente da China, Hu Jintao, que esteve na região devastada, encorajou ontem (16) as equipes de resgate militares e os voluntários civis a lutar contra o tempo para salvar vidas.

Mesmo que as chances de encontrar sobreviventes sob os escombros diminuam com o passar do tempo, os esforços não devem cessar, "pois é a prioridade de nosso trabalho", disse Hu, segundo a Xinhua.

"Os trabalhos de resgate entraram na fase mais crucial e devemos fazer todos os esforços, lutar contra o tempo e superar todas as dificuldades", acrescentou o governante chinês, que desenvolve uma incessante atividade de visitas a hospitais e vítimas para afirmar que o governo não abandonará a população local.

Os meios de comunicação e a emissora CFTV destacaram ontem novamente os esforços de todo o país, assim como as ofertas de ajuda humanitária que chegam de todo o mundo.

Túnel

Um túnel em uma central hidrelétrica da Província de Yunnan desmoronou neste sábado, deixando oito pessoas presas, informou um porta-voz do governo local. O acidente ocorreu em uma galeria subterrânea usada para desviar água da central de Dayingjiang, na localidade de Dehong Dai.

Segundo informações, os trabalhos das equipes de resgate já começaram. As fontes oficiais não revelaram se o desmoronamento do túnel teve alguma relação com o terremoto de 7,9 graus na escala Ritcher que devastou Sichuan na segunda-feira (12) e foi sentido na metade do país.

Com agências internacionais





Fonte: Folha Online

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