Maggi confronta novo ministro; crise continuará
O governador mato-grossense Blairo Maggi (PR) já mudou o conceito sobre o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que substitui Marina Silva no Meio Ambiente. O rei da soja ficou cabreiro com as primeiras declarações de Minc. Em entrevista à TV Globo, o ex-secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro disparou: "Se deixar, Maggi plantaria soja até nos Andes".
Em nota, Maggi, maior produtor de soja do mundo, disse que o novo ministro foi preconceituoso. Classificou as declarações de "descabidas, inoportunas, extemporâneas e impróprias". O governador de segundo mandato já chegou a conclusão de que a gestão não será boa. Minc deve ter sido motivado pelos números. Mato Grosso é recordista no desmatamento da floresta. Dados do Inpe e que são contestados pelo governo do Estado apontam que em 2007 Mato Grosso foi um dos campeões em desmate na Amazônia Legal. Dos 36 municípios que mais derrubaram árvores ilegalmente, 19 estão em solo mato-grossense.
Maggi disse que espera maior diálogo de Minc com o setor e que não ocorram truculências nas operações de repressão aos crimes ambientais, como a Arco de Fogo, feita em conjunto por Ibama, Polícia Federal e Força Nacional de Segurança. Segundo ele, essas investidas trazem prejuízos econômicos ao Estado, inseguram, desemprego e terror num Estado que é o maior produtor de soja e algodão e primeiro em rabanho bovino do país.
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