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Politica Brasil
Quarta - 05 de Junho de 2013 às 16:55
Por: Marcos Coutinho

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As ações criminosas praticadas por servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), como falsificação de laudos antropológicos, fraudes nas demarcações e manipulação de indígenas, sempre tiveram respaldo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, denuncia o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria na Câmara dos Deputados.


 
"Ele (Gilberto Carvalho) sempre soube ou esteve no cerne das ações criminosas e fraudulentas da Funai desde que ingressou no governo. Isso é fato, e agora não adianta tomar ou anunciar medidas paliativas. O correto seria mudar todas as regras, porque a metodologia atual (nos processos de demarcação de novas áreas indígenas) está ultrapassada, caduca e serve a interesses internacionais", declarou Leitão, por telefone. 


 
O líder tucano ressalta que Gilberto Carvalho tem ligação umbilical e histórica com as correntes internas do PT comprometidas com a Pastoral Operária e o Cimi (Conselho Missionário Indigenista), instituições ligadas à igreja católica. Carvalho passou a ter papel estratégico nas "ações da Funai" desde que foi chefe de gabinete da campanha de Lula. Ele era assessor e conselheiro especial do ex-presidente e nos bastidores do Planalto era conhecido como "o novo Golbery" ou de "o novo Chalaça", eminências pardas do governo do presidente Ernesto Geisel e do imperador Dom Pedro I


 
Carvalho ganhou mais força política quando ficou responsável pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, cujo propósito é flexibiizar repasses para as Ongs, além de ser negociador com organizações sociais da sociedade civil. "De modo oficioso, ele (Carvalo) é o homem do presidente Lula no governo Dilma e um facilitador dos abusos da Funai", acrescenta Leitão.


 
Para o deputado mato-grossense, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os absusos da Funai é "mais do que necessário". "Muitas injustiças vêm sendo cometidas pelo órgão desde meados da década de 90, inclusive o desrespeito flagrante dos preceitos constitucionais. E temos o dever histórico de corrigir essas injustiças e definir regras mais lógicas e justas para eventuais demarcações", assevera Leitão. Pondera ainda o parlamentar que, de imediato, o governo federal precisa suspender as demarcações em curso e rever os processos demarcatórios polêmicos das duas últimas décadas.





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