Líder do PP vê pressão política em julgamento de Rabello

O advogado e secretário geral do Partido Popular (PP), Sebastião Nei, avalia como "no mínimo estranho" o fato de o presidente municipal do PSDB e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Ussiel Tavares, ter "conversado com os membros do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), antes do julgamento da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) que resultou na cassação do mandato do deputado estadual Walter Rabello.

"Achei estranho e repudio a atitude dele (de Ussiel), porque fica muito ruim ele ficar conversando com os membros do TRE sabendo que as cartas da sucesão já estão colocadas na mesa e que o deputado Walter Rabello é o principal adversário do prefeito Wilson Santos. Foi uma atitude lamentável", disse Sebastião Nei, para o Olhar Direto, no começo da noite de hoje.

Em relação ao resultado do julgamento, o advogado também lamenta que o TRE tenha irrelevado todos os argumentos da defesa de que havia justa causa para que Rabello deixasse o PMDB, pois já estava sendo alijado do processo sucessório municipal pelo presidente do diretório regional peemedebista, o deputado federal Carlos Bezerra.

"Quer prova maior do que a entrega da Sanecap para o PMDB de Carlos Bezerra. Quer prova maior do que a entrega do PMDB para o PSDB, numa composição que já vinha sendo tramada há muito tempo", questiona Sebastião Nei, que deixou o prédio do TRE, na noite de terça-feira, bastante abatido e revoltado.

"As provas anteriores da articulação do PMDB para tirar o Walter Rabello do processo estão mais do que claras e ficam mais evidentes ainda com a entrega do partido para o prefeito Wilson Santos. A justa causa era e é mais do que vivísel", pondera o líder pepista./ Mais informações em instantes.