Brunetto quer fim de jogos eletrônicos próximos às escolas
Para proteger os estudantes de possíveis vícios provocados pelo fácil acesso a diversão e jogos eletrônicos, o deputado Ademir Brunetto (PT) apresentou um projeto de lei que proíbe a oferta desses tipos de serviços nas proximidades dos estabelecimentos de ensino em Mato Grosso.
Conforme o artigo primeiro do projeto, a instalação de qualquer modalidade comercial para exploração de diversão e jogos eletrônicos, que envolvam pagamentos e apostas, deve ocorrer num raio de 500 metros de distância das escolas.
Já o artigo segundo prevê que caberá ao Poder Executivo estadual tomar as providências cabíveis para fiscalizar e adotar as penalidades compatíveis com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso, o não cumprimento da proposta sujeitará ao infrator o pagamento de multa no valor de R$ 500,00, a ser revertida para o financiamento de programas e projetos voltados à ação social, a serem executados pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Ação Social.
Brunetto questiona que as crianças ficam muito tempo expostas na frente de aparelhos de televisão, vídeo game e computador.
“Muitos ficam fascinados, concentrados e isolados do ambiente em que se encontram. Mas, percebemos que essa é uma concentração visual e não a que desenvolve o raciocínio lógico”, disse, ao lembrar que no mercado estão faltando jogos educativos como os de tabuleiros, por exemplo, o de Xadrez. Os que mais surgem são os jogos de violência.
Em Fortaleza, a terapeuta ocupacional Marilene Munguba constatou os que são aficcionados pelos jogos desenvolvem habilidades de aprendizado interessantes. Ela argumenta que o problema “é que as crianças e jovens vêm trocando a escola e as brincadeiras da infância pelas ´lan houses´.
Brunetto explicou que quando deixam de ir à escola, os jovens gastam potencialidades que, muitas vezes, seriam imprescindíveis para as atividades escolares ou mesmo para alimentação. Outro aspecto importante citado por ele é a redução do rendimento escolar. “Diversos estudos foram feitos nesse sentido, sempre apontando as piores qualificações daqueles que constantemente se envolviam com jogos eletrônicos. Por isso, é necessário estabelecer formas de controle para evitar a renovação desses prejuízos à infância e à juventude”.
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