Lula diz que desafio na Amazônia é controlar atividades ilegais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que o desafio do PAS (Plano Amazônia Sustentável) é manter o controle das atividades ilegais e criar alternativas "concretas" para que as atividades econômicas locais sejam ambiental e socialmente sustentáveis.
O PAS foi lançado na última quinta-feira pelo presidente no Palácio do Planalto. Lula afirmou que a iniciativa vai promover o desenvolvimento da região, conservando recursos naturais e a biodiversidade e valorizando as comunidades tradicionais.
Entre as medidas previstas no plano, o petista destacou ações emergenciais da Operação Arco Verde, como agilizar o seguro-desemprego, contratar e capacitar cerca de 2,5 mil agentes de defesa ambiental para a prevenção e o combate a incêndios florestais.
"[O plano] Também vai dar apoio à comercialização de produtos do extrativismo, incluindo esses produtos na política de garantia de preços mínimos. Vamos treinar 4 mil profissionais de assistência técnica para atender numa fase inicial 100 mil produtores rurais."
Lula ainda garantiu que R$ 1 bilhão será usado para recuperar áreas degradadas, para o reflorestamento e para a regularização ambiental na Amazônia.
O PAS prevê também ações e ordenamento fundiário e territorial, com o levantamento da situação de ocupação dos 36 municípios onde foi detectada a maior taxa de desmatamento. O objetivo, segundo o presidente, é fazer o mapeamento das propriedades e dos postos rurais.
Há também a criação de um Cadastro Ambiental Rural. "Isso é importante, porque o produtor só terá acesso ao crédito, ao fomento e à assistência técnica se fizer parte desse cadastro. Estamos chamando todos à responsabilidade porque não é um problema apenas do governo federal, é um problema de todos nós."
Lula destacou ainda ações de governança ambiental para a Amazônia, como a liberação pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) de R$ 500 milhões para investimentos em melhorias no processo de licenciamento, gestão territorial, elaboração e implementação do zoneamento.
O petista prometeu que o plano será "uma revolução no tratamento que o governo vai dar para o desenvolvimento da Amazônia".
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