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Politica Brasil
Segunda - 12 de Maio de 2008 às 04:35
Por: Alline Marques

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Em média, 18 mil processos são analisados anualmente pelo Tribunal de Contas do Estado. Eles são distribuídos de forma proporcional para cada conselheiro, responsável por avaliar 6 mil ações geradas pelas 570 unidades jurisdicionadas ao TCE e que utilizam dinheiro público em Mato Grosso. Além das contas anuais de prefeituras, câmaras e governo do Estado, o TC também fiscaliza autarquias, fundos, instituto de previdências municipais e empresas públicas.

Cabe também ao TCE abrir processo para cada denúncia feita através da ouvidoria. “Qualquer atividade que envolva o recurso público gera um processo no TCE. Uma licitação feita pela Prefeitura gera processo, assim como balancetes, pedidos de pensão e aposentadoria de servidores. Tudo praticamente vira processo, mas nem todos vão a plenário, já que o relator tem autonomia para realizar o julgamento singular", explica o presidente do TCE, conselheiro Antônio Joaquim.

O julgamento singular ocorre quando é feito o registro sobre a legalidade dos atos de admissão de pessoal, com exceção dos cargos de comissão, das declarações de bens de início e final de gestão e das decisões dos poderes legislativos que julgarem as contas anuais dos chefes dos poderes executivos. Além disso, também lhe é permitido admitir ou não recurso de agravo, aplicar multas e determinar medidas cautelares, liberar órgãos representados pelas inadimplências no encaminhamento de documentos exigidos pela legislação, desde que regularizada a situação perante o Tribunal de Contas, e quitar o ressarcimento de valores aos cofres públicos.

O Tribunal de Contas tem 7 conselheiros. Cada um ganha R$ 22 mil mensais, possui prerrogativa de desembargador do Tribunal de Justiça e acumula uma série de outras vantagens e privilégios. Ao presidente cabe exercer a direção e o poder de “polícia” do Tribunal de Contas e de seus serviços, conforme descreve o regimento interno. Somente conselheiros relatam os processos.

Devido a grande demanda de processos e à falta de estrutura, demorava-se décadas para serem julgar as ações no TCE. Sabe-se que o primeiro computador no órgão foi instalado somente em 2000. Caso curioso aconteceu em 2005, quando foi julgado um processo de convênio entre a Prefeitura de Cáceres e a extinta Companhia de Desenvolvimento do Estado (Codemat) realizado em 96. O relator do processo era o conselheiro aposentado Júlio Campos. Na época ele fez o seguinte questionamento: “estamos hoje aqui julgando um processo de um prefeito morto e de uma companhia extinta. Qual a importância disto?”. Atualmente, as contas são julgadas com menos de dois anos de concluído o exercício.





Fonte: RD News

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