Júlio dá "última cartada" para tirar Maksuês da disputa em VG
Júlio Campos não desiste. Ainda nesta sexta-feira ele tentará dar a “última cartada” para tirar o seu principal oponente eleitoral na disputa pela Prefeitura de Várzea Grande, o deputado estadual Maksuês Leite, do Partido Progressista. Pré-candidato do DEM, Júlio marcou um encontro com o deputado estadual José Riva, principal expoente político da sigla, incentivador e articulador da postulação de Maksuês. Na pauta, evidentemente, projetos futuros. O principal deles, o espaço e apoio para a candidatura do próprio Riva ao Senado em 2010. Os democratas estabeleceram o PP como principal aliado.
A reunião de Júlio com Riva tem contornos de definição. O quadro político futuro, a rigor, já está bem delineado. De um lado, para 2010, já existe o grupo liderado pelo governador Blairo Maggi. O PR deverá ter Luís Antônio Pagot como candidato a governador e uma das vagas ao Senado com o próprio Maggi. De outro, Wilson Santos com o PSDB e o PMDB como aliados. Santos seria o candidato a governador e Bezerra ao Senado. O terceiro grupo é liderado pelo DEM, cujo candidato a governador já está lançado, o senador Jaime Campos. Faltam os aliados preferenciais.
O acordo entre DEM e PP interessa, em verdade aos dois lados. Principalmente porque o projeto político do PP é fazer um senador da república em 2010. E o nome de preferência é o de Riva. Nesse caso, Júlio Campos aposta nesse aspecto para “negociar” um acordo agora, que implicaria na renúncia de Leite. O que não será fácil. Até porque, até aqui, a exemplo do que acontece com o deputado Walter Rabello, em Cuiabá, Riva tem se mostrado incentivador. Inteligente, Riva tem dito a interlocutores bem próximos que o espaço do PP estaria sendo conquistado agora em 2008, vencendo as eleições em Cuiabá e Várzea Grande, os dois maiores colégios eleitorais do Estado.
Por outro lado, Júlio terá que afinar em muito o “canto da sereia”. Os números das pesquisas eleitorais são apontadas como o principal combustível de incentivo para o parlamentar. Há um tempo, Leite chegou a demonstrar certa “exaustão” com o processo interno no PP, mas não redargüiu, se mantendo firme no projeto eleitoral. “Ele não renuncia por nada” – garante interlocutores.
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