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Politica Brasil
Segunda - 05 de Maio de 2008 às 10:30

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O ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Ferreira Leite, requereu abertura de sindicância no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o atual presidente do TJMT, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, e contra o corregedor-geral de Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri, numa inequívoca demonstração de que não quer ficar acuado, nas cordas na guerra que vem sendo travada no Judiciário mato-grossense após denúncias feitas pela Corregedoria a cerca de uma esquema de desvio de recursos públicos. Fato divulgado em primeira mão pelo Olhar Direto.

Além de José Ferreira Leite, assinam o pedido de sindicância os juízes Marcelo Barros de Souza, Antonio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes e Marcos dos Reis Ferreira (filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça). O relator designado para o caso, via distribuição eletrônica, foi o ministro Aldir Passarinho Júnior.

A banca do advogado Marcos Vinícius Witczak é a responsável pela defesa do ex-presidente do TJ e dos advogados, que foram acusados pelo desembargador Orlando Perri, pela Comissão de Controle Interno do Poder Judiciário e por servidoras graduados de montar um esquema para efetuar pagamentos de créditos irreais para o grupo seleto, para servidores graduados e até mesmo para juízas que concordaram em ceder parte dos supostos créditos a fim de cobrir, via empréstimos, maçons que perderam suas aplicações com a quebra da Cooperativa de Crédito de Poconé - Sicoob Pantanal.

A queda-de-braço interna no Tribunal de Justiça começa a ganhar ares dramáticos. As acusações de ambos os lados há muito já saíram do campo administrativo e estã numa seara pessoal sem precedentes. Acuado por provas robustas e depoimentos altamente comprometedores, o grupo comandado por José Ferreira Leite faz ataques de cunho pessoal contra a dupla Perri e Lessa e prometem escancarar "supostos esquemas" dos atuais mandatários do TJ.

Em resposta, Lessa e Perri apenas sustentam que os fatos falam por si só e que caberá ao "seleto grupo de magistrados" provar que a ação solidária para socorrer maçons com dinheiro público não lesou o Erário. O contraditário é que todos os relatórios já feitos até o momento (Comissão de Controle, Auditoria Interna, da Corregedoria e de uma consultoria privada) confirmam que vários crimes foram praticados, tais como estelionato, formação de quadrilha ou bando, peculato, consussão e prevaricação. Isso sem falar em assédio moral e tráfico de influência sobre servidores graduados.





Fonte: Olhar Direto

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