Rogério Salles desiste de candidatura e viabiliza acordo PSDB-PMDB

Agora é oficial. O acordo entre PSDB e PMDB para as eleições municipais se concretizou durante o final de semana. O ex-governador Rogério Salles confirmou que não é mais candidato a prefeito de Rondonópolis. Desistiu de entrar na disputa para dar apoio ao PMDB local, que deverá oficializar o nome do deputado José Carlos do Pátio como candidato para enfrentar Adilton Sachetti, apoiado pelo governador Blairo Maggi. A decisão foi tomada em uma reunião do diretório tucano. “Vamos apoiar o candidato do PMDB” - declarou o ex-governador. O reflexo dessa decisão é a consolidação da aliança em Cuiabá, na qual o PMDB indicará o vice de Wilson Santos.

Foi uma decisão de grupo. Na semana passada, mesmo diante do acordo, o próprio Rogério Salles havia manifestado o desejo de manter a candidatura. O presidente do PSDB, Luis Carlos da Silva, também havia dito que somente o partido em Rondonópolis poderia tomar a decisão de manter ou não o nome de Salles na disputa. Luis Carlos havia explicado que, na verdade, havia apenas uma recomendação do presidente regional do partido para apoiar o nome de Pátio.

Além de confirmar a desistência de permanecer na disputa, Salles disse que vai realizar uma reunião com dirigentes do PMDB para debater com mais profundidade a aproximação entre os dois partidos. “Precisamos sentar e analisar com eles”, disse o ex-governador.

O PSDB contava com dois secretários no governo Sachetti. Gastão de Matos que deixou o Governo no começo do mês e Adão Hipólito Garay, que responde pela Secretaria de Agricultura. Os cargos, no entanto, segundo dirigentes tucanos, eram ocupados por escolha pessoal do prefeito e não por indicação do partido. Sachetti, por sua vez, dizia que mantinha boas relações com os tucanos e acredita na hipótese de manter o PSDB como um dos grandes aliados eleitorais.

Rogério Salles afirmou que não há qualquer entendimento para a vaga de vice na chapa de Pátio, entre o PMDB e o PSDB local. “Isso ainda não foi discutido”, disse. O irmão de Salles, o empresário Álvaro Salles chegou a ser apontado como eventual vice, mas o nome dele foi negado na semana passada pelo próprio ex-governador. Na terça-feira, a vereadora Mariúva Valentin Chaves (PMDB) disse que defenderia o entendimento em torno do nome de uma mulher para a disputa.