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Fazendeiro é preso por contrabando de agrotóxicos e deve pagar R$ 50mil por dano moral coletivo
O fazendeiro Carlos Ticianel, proprietário da Fazenda Lago Azul, onde é desenvolvida atividade de pecuária em Alta Floresta, foi preso acusado de contrabandear agrotóxico e usar veneno ilegal no Brasil, durante uma operação desencadeada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e policiais militares. Oito trabalhadores eram encarregados de manipular os produtos químicos sem nenhum tipo de equipamento de proteção individual.
Ticianel assinou um termo de ajustamento de conduta obrigando-se a pagar as verbas rescisórias e danos morais individuais aos trabalhadores, dano moral coletivo no valor de R$ 50 mil e a melhorar as condições de trabalho na fazenda, visando resguardar a saúde e a segurança dos empregados, sob pena de pagamento de multa.
Os trabalhadores estavam alojados em dois galpões, sendo um de alvenaria e o outro de madeira, também usados para depósito dos agrotóxicos. As condições dos dois alojamentos foram consideradas degradantes pela equipe de fiscalização do Ministério Público do Trabalho.
O fazendeiro utilizava os herbicidas Meturon e Spectro que eram contrabandeados do Paraguai. O dono da loja onde os produtos eram comprados também foi preso. No local foram encontradas mais embalagens dos dois tipos de veneno.
Ticianel obteve a liberdade mediante pagamento de fiança determinada pela Justiça Federal e terá de pagar multas aplicadas pelo Ibama.
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