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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 30 de Abril de 2008 às 10:02

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Os executivos da Oi iniciaram maratona de reuniões com investidores para explicar a operação financeira que vai possibilitar a compra da BrT (Brasil Telecom). Ontem, o diretor financeiro, José Luiz Salazar, teve encontro com analistas de telecomunicações em hotel da zona sul do Rio. Hoje, a reunião será em São Paulo.

Segundo Salazar, a operação pode chegar a R$ 15 bilhões --incluindo dividendos a pagar aos acionistas e excluindo os recursos do BNDES para a reestruturação societária da Oi.

Haverá três etapas: na primeira, serão captados cerca de R$ 7 bilhões para pagamento de dividendos e para a oferta pública voluntária para os minoritários da BrT com ações preferenciais (sem direito a voto). Isso acontecerá num prazo de até dois meses.

Depois de a operação ter sido aprovada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Oi irá ao mercado doméstico captar cerca de R$ 3 bilhões para efetivar a compra da BrT, por R$ 5,8 bilhões.

Em seguida, serão captados outros R$ 3 bilhões no mercado internacional para a oferta pública obrigatória aos minoritários com ações ordinárias (com direito a voto) da BrT. Caso as captações tenham êxito, a Oi vai desembolsar do caixa cerca de R$ 2 bilhões.

Encontros com investidores e analistas são corriqueiros em operações de fusões e aquisições. Analistas afirmam que esse esforço é fundamental no caso da compra da BrT -pelo grau de complexidade da operação financeira e da reestruturação societária da Oi.

Ainda ontem, quatro dias após o anúncio, muitos analistas que atuam no mercado financeiro ainda se perguntavam se haverá prejuízo para acionistas minoritários, qual será o novo preço 'justo' das ações e qual a estratégia a ser perseguida pela nova operadora.

No encontro de ontem, Salazar afirmou que não haverá concentração de mercado com o negócio e que a Oi vai investir na rentabilidade oferecida pelos clientes de pré-pago.

Segundo ele, o mercado de consumidores de telefonia celular pós-paga (de valor mais alto) é "relativamente estável", enquanto o consumo das classes de menor poder aquisitivo apresenta forte crescimento.

Após o tombo de segunda-feira, as ações da BrT conseguiram passar incólumes pelo nervosismo na Bovespa ontem. Os papéis preferenciais subiram 0,1%. As ações da Oi foram castigadas de novo: as preferenciais recuaram 0,92%, e as ordinárias tiveram queda de 6,25%.





Fonte: Folha de S.Paulo

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