Riva avalia que teto ideal para reestruturar dívida é de 10,5%
O teto ideal para indexar um novo reperfilamento ou reestruturação da dívida estadual deve ser de 10,5%. A estimativa foi feita pelo primeiro secretário da mesa diretora da Assembléis Legislativa e relator do proposta de renegociação da dívida estadual, deputado José Riva (PP), que articula a vinda do economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto a Mato Grosso.
O "percentual Riva" é bem abaixo do que os interlocutores do governador Blairo Maggi estipularam inicialmente, algo em torno de 13%, com base na realidade do mercado internacional, cuja liquidez é uma das mais altas da história do pós-guerra, apesar da forte crise imobiliária dos Estados Unidos.
Inédita e polêmica, a proposta governista já é alvo de críticas, ironias e análises primárias e políticas. No total, o governador Blairo Maggi, com respaldo do Banco do Brasil e de outras instituições privadas, espera renegociar R$ 4,8 bilhões de um total de R$ 5,7 bilhões que representa a dívida de Mato Grosso, cujos indexadores atuais são perversos para a realidade interna.
O ex-presidente do Banco Central do governo Fernando Henrique Cardos, Armínio Fraga, considerou o projeto "aplicável e razoável", mas deixou dúvidas nas entrelinhas de sua análise, feita após pleito enfaminhado pelo deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT). Outro que "deu palpite" foi o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda de FHC, Amaury Bier, que foi um dos responsáveis pelo projeto de renegociação das dívidas dos Estados e Municípios, atreladas às receitas correntes líquidas.
Para Riva, um índice maior do que 10,5%, sem condições seguras dos operadores bancários (BB, Bird, BID, Crédit Suisse, RBS etc), seria mais arriscado do que os indexadores atuais.
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