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Politica Brasil
Quarta - 16 de Abril de 2008 às 14:26

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Desde o início da atual legislatura, mais de um terço das vagas de deputados foram ocupadas por suplentes.

A proximidade das eleições municipais contribui para a dança das cadeiras na Assembléia Legislativa. Desde o início da atual legislatura, mais de um terço das vagas de deputados foram ocupadas por suplentes. Para os analistas, essa espécie de 'rodízio' não fere a lei, mas vai contra a vontade do eleitor.

Nove suplentes já participaram do rodízio na atual legislatura. O último partido a trocar de deputado estadual foi o PP, que só este ano fez duas substituições. Agora, a expectativa está em torno da coligação do PPS com o extinto PFL, atual Democratas (DEM). Parte dos deputados eleitos pelo PPS migrou para o PR, mas mesmo assim devem respeitar o acordo firmado antes da eleição.

De um grupo de 10 parlamentares, um deles deverá sair. Nos bastidores, entre os nomes cogitados está o do deputado Dilceu Dal Bosco (DEM). Entretanto, o parlamentar afirma que não quer deixar o cargo para um suplente. "Não gostaria que isso acontecesse este ano em função de que estou como presidente da Comissão de Meio Ambiente e está chegando o projeto do Zoneamento Sócio-econômico e ecológico na Assembléia", justificou o parlamentar.

A especulação aumenta sobre a evasão de deputados que pretendem concorrer às eleições municipais. Enquanto os acordos são discutidos, a justificativa no plenário para o rodízio é única: os suplentes, ao assumirem as vagas, teriam a oportunidade de representar suas regiões. É uma manobra que ocorre com as licenças de afastamento, que na maioria dos casos dura 121 dias.

O analista político João Edison de Souza lembra os argumentos muito usados nessa hora. "Eles justificam que, quando vários postulantes à cadeira têm a possibilidade dela, é possível com que eles atendam mais localidades. Mas isso é um engano, um engodo, porque não temos um sistema de voto distrital. Todo deputado eleito em Mato Grosso, não é deputado regional e sim deputado de Mato Grosso.

Para o analista, o rodízio vai contra o resultado das urnas. "A legislação determina, no caso de Mato Grosso, que os 24 mais votados deverão ocupar as cadeiras. Ao não se obedecer essa regra, estou enganando o eleitor. Ele colocou os 24 primeiros, mas no primeiro dia alguém assumiu o cargo de secretário e alguém que não foi eleito pela maioria vai ocupar o cargo que era desse que deveria estar nessa cadeira", concluiu João Edison.





Fonte: Redação TVCA

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