Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Terça - 04 de Junho de 2013 às 08:44
Por: Ronaldo Pacheco

    Imprimir


Kátia Kalume / Agência Senado
Jayme Campos e Pedro Taques estão conversando há tempos, no Senado: decisão sai breve
Jayme Campos e Pedro Taques estão conversando há tempos, no Senado: decisão sai breve

Pelo menos por enquanto, PDT, PSB, PPS, DEM, PSDB e PTB que supostamente compõem o bloco de oposição em Mato Grosso paralisaram o diálogo sobre uma possível aliança em 2014. Os seis partidos, além recém criada da Mobilização Democrática (MD), que discutiam a formação de um bloco unificado da oposição, deram uma arrefecida nas conversações que visava dar sustentação à pré-candidatura do senador Pedro Taques (PDT).

“É certo que vamos falar de política, sim. Sempre. Mas discutir alianças somente em 2014”, confirma o deputado federal Valtenir Pereira, presidente estadual do PSB, e um dos idealizadores das candidaturas de Mauro Mendes ao governo do Estado, em 2010; e à Prefeitura de Cuiabá, em 2012.

E o motivo de esfriar as conversações oposicionistas é público: o recuo do senador Blairo Maggi (PR), então favorito na disputa pelo governo de Mato Grosso. E, também, a decisão do governador Silval Barbosa (PMDB) de deixar tudo para 2014. 

Maggi e Silval apostam nitidamente na conclusão das obras da Copa do Pantanal Fifa 2104. “Conheço um pouco de engenharia. Todas as obras ficarão prontas antes da Copa. Menos a construção do VLT”, disse Maggi, que é engenheiro agrônomo, em entrevista coletiva na semana passada.

Três dias depois, seu discurso foi engrossado por Silval Barbosa, ao lado do prefeito Walace Guimarães (PMDB), no Paço Couto Magalhães, após entregar o projeto básico do PAC 2 de Várzea Grande. “Querem colocar o carro na frente dos bois. Vamos discutir eleições em 2014. Agora é hora de trabalhar”, define Silval.

Se Maggi e Barbosa queriam engessar a oposição, tudo indica que conseguiram. A reunião de Taques e com os possíveis aliados, prevista para esta semana, foi adiada ‘sine die’. 

“Pedro Taques é candidato a governador, sim. Vamos ver depois quem ele deve enfrentar ano que vem, mas está visível no cenário os possíveis candidatos ao governo do Estado”, projeta o deputado Zeca Viana, presidente estadual do PDT.

Se Pedro Taques (PDT) é o nome de consenso da oposição para o governo, então, deve-se identificar quem realmente esta do outro lado do balcão – contra os atuais ocupantes do Palácio Paiaguás. 

Existe a expectativa de que o senador Jayme Campos (DEM) caminhe para reeleição, fazendo uma dobradinha inédita com Taques. Mas se Silval deixar o governo ‘por cima’, Campos pode refluir. As discussões giram em torno do vice de Taques, que pode surgir do PSB ou do PSDB.

A hipótese de Maggi não sair se deve a atual gestão. Ele é considerado o principal avalista da reeleição de Silval. Assim como teve influência decisiva em 2010, o eventual desgaste do atual governador tende a respingar em Blairo. E isso que levou-o a aprofundar sua análise para saber se vai sentir os reflexos da administração de Silval, que passa por algumas turbulências, ou se ‘nada de braçada’, em 2014. 

A própria ‘tropa de choque da ‘República de Matupá’, liderada pelo Rodrigo Barbosa, primogênito do casal Silval e Roseli, e pelo secretário Silvio Corrêa, do Gabinete do Governador, segundo interlocutores privilegiados, reconhece que a luta pelo Senado depende deve-se muito do encaminhamento das obras da Copa. Caso tudo saia conforme o cronograma, os matupaenses entendem que Silval se tornaria imbatível.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/18200/visualizar/