Alexandre César admite disputar prefeitura de Cuiabá
O deputado Alexandre Cesar (PT), derrotado a prefeito de Cuiabá em 2004, pode estar de volta nestas eleições na corrida pelo mesmo posto. Perguntado nesta quinta se entraria de novo na disputa, conforme se cogita nos bastidores, o parlamentar observou que não foi consultado e fez mistério sobre a sua inscrição para as prévias. Conforme decisão da Executiva petista, o filiado interessado em concorrer ao Palácio Alencastro deve oficializar a pré-candidatura entre 21 e 28 deste mês. A data da prévia já está definida: 18 de maio.
"Tenho compromisso com Mato Grosso e já fui candidato quatro vezes nos últimos oito anos, não por um projeto meu, mas por um projeto do partido e o que for melhor para o PT será melhor para mim", garante Alexandre Cesar, que ocupa a cadeira na Assembléia no lugar do titular Ságuas Moraes, secretário de Estado de Educação.
O petista já sofreu três derrotas nas urnas. A primeira em 2002 na disputa para governo do Estado, quando Blairo Maggi (PR) conquistou, pela primeira vez, o Palácio Paiaguás. Antes, em 2000, foi derrotado como vice-prefeito da Capital na chapa encabeçada pela hoje senadora Serys Marly. Em 2004, Cesar perdeu no segundo turno para o hoje prefeito Wilson Santos (PSDB). Já no pleito de 2006, ele tentou cadeira de estadual. Ficou na primeira suplência.
Alexandre César observa que hoje há dois pré-candidatos colocados, o médico Alencar Farina e o assessor parlamentar em Brasília, Vicente Vuolo, o Vuolinho. Segundo ele, isso não significa que não possa ter uma terceira pessoa na disputa interna ou até mesmo se aliar a outra legenda da base, levando o PT à desistência da candidatura própria. Cesar não assumiu publicamente a tendência de apoio entre Farina e Vuolinho, mas demonstrou maior simpatia ao nome do segundo. "Ele (Vuolo) é mais antigo no partido. Assessor da senadora, está há mais tempo na política e tem mais experiência, mas respeito o Farina, que tá chegando agora", disse, numa referência ao médico que já foi do PL e do PR do governador Blairo Maggi.
Aliás, Farina foi candidato a vice do próprio Alexandre Cesar em 2004. O parlamentar tenta reconquistar espaço interno. Ele deixou a presidência regional do PT atolado em dívidas e, de quebra, ainda foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por uso de caixa 2 em sua campanha ao Alencastro.
Polarização
Sobre as articulações rumo ao pleito deste ano em Cuiabá, Alexandre Cesar diz que não tem nada definido e não crê numa polarização entre o prefeito Santos e o deputado Walter Rabello (PP). "A eleição não está dada. Essa polarização entre Wilson e Walter é falsa. Produto de um quadro indefinido. Não acredito que a imagem do candidato com apelo populista vá atender as expectativas da população cuiabana. Acredito que a candidatura mais centrada, coerente e com um arco de aliança compatível é mais real e pode ser a melhor solução", analisa.
Alexandre Cesar destaca que Mauro Mendes, que está sendo preparado pelo PR para entrar no páreo, tem chances de crescer nas pesquisas e poder ser uma opção, por não ter uma imagem desgastada como os outros dois (Santos e Rabello), não ser populista e é uma novidade".
Dessa forma, o petista não descarta a possibilidade do seu partido se aliar ao PR em Cuiabá, caso ocorra o recuo no projeto de candidatura própria. Cesar pontua que, uma determinação do diretório nacional, o partido deve dar prioridade à coligação com a base aliada, composta primeiramente pelo PSB, PC do B e PV, seguido, num segundo plano, pelo PMDB, PR, PP e PDT. Somente em cidades com mais de 200 mil habitantes, como no caso de Cuiabá, quaisquer aliança deve ser consultada ao PT nacional. Sendo assim, Alexandre Cesar coloca que "teoricamente" Valtenir Pereira (PSB) teria prioridade na coligação, mas ressalta que tudo será conversado.
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