Deputados se juntam a Fabris contra processos
Deputados que enfrentam embates jurídicos por causa de processo de cassação junto ao Tribunal Regional Eleitoral, sob o desembargador José Silvério, se juntaram ao polêmico Gilmar Fabris (DEM), que perdeu o mandato, mas ainda sobrevive no cargo graças a uma liminar obtida no TSE. Fabris retornou à Assembléia nesta quarta, após um ano licenciado. Em discurso, ele contestou a acusação de compra de votos, mesmo com o Ministério Público Eleitoral tendo anexado aos autos listagem de eleitores com valores supostamente pagos por voto e outros documentos que comprovam o crime eleitoral.
Além de Fabris, outros parlamentares se vêem no olho do furacão. Chica Nunes (PSDB) teve o mandato cassado e conseguiu recuperá-lo graças a um recurso no TSE. O mesmo aconteceu com o deputado federal Pedro Henry (PP). O suplente Roberto França (sem partido), que substituiu Fabris na Assembléia, está com o diploma cassado por conta de pendências na Justiça de quando era prefeito de Cuiabá. O mesmo ocorre com Percival Muniz (PPS), ex-prefeito de Rondonópolis.
Todos negam irregularidades e fizeram coro ao discurso de Fabris. O parlamentar classificou, por exemplo, de "besteirol" o processo que cassou o diploma de Muniz. "Quando as pessoas ficam sabendo o motivo da cassação nem acreditam tamanho o besteirol". Percival Muniz teve as contas de um convênio rejeitado pelo TCE/MT e se negou a pagar multa. Isso levou o MPE a pedir a cassação do seu diploma junto ao TSE, que acolheu a representação. Agora, Muniz está legislando sub judice. Assim, já se vão dois anos de mandato.
Comentários