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Lula ameaça romper se o PT lutar por novo mandato
As discussões no Congresso em torno de uma manobra lançada por um deputado petista para permitir o terceiro mandato do presidente Lula atravessaram a rua e foram parar no Palácio do Planalto. Durante encontro com senadores do PDT, o presidente Lula desautorizou qualquer iniciativa que lhe permita participar de uma nova disputa presidencial em 2010. Aos pedetistas, chegou a dizer que rompe com o PT se a proposta ganhar força entre os parlamentares.
Segundo o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o presidente se mostrou receoso à proposta e destacou que sempre lutou pela democracia.
“Ele não aceita e que se a emenda for defendida pelo PT, rompe com meu partido”, sustentou.
O recado do presidente tem destinatários certos. São o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) e Miro Teixeira (PDT-SP). Ribeiro promete apresentar esta semana ao Congresso proposta de emenda à Constituição (PEC) prevendo a alteração de quatro para cinco anos no mandato presidencial. Sua proposta acaba com a reeleição para cargos executivos em todos os níveis. Mas permite que o atual presidente tente um terceiro mandato consecutivo. Teixeira articula apoio a proposta na Câmara.
“Ficou claro que a idéia não partiu dele e que os idealizadores não contam com seu apoio”, completou o senador Osmar Dias (PDT-PR).
Para Devanir, que ainda não começou a recolher as assinaturas para a PEC – são necessárias 175 adesões para o texto começar a tramitar –, as declarações do presidente não impedem as articulações para viabilizar a PEC.
“O presidente precisa entender que a reeleição e, até mesmo, o terceiro mandato está na cabeça de cada candidato. Estou propondo um instrumento, se ele vai utilizar ou não, vai ser uma decisão particular”, declarou o petista que é amigo do presidente Lula dos tempos de sindicalismo.
Sem entusiasmo
As investidas para garantir o retorno da regra constitucional de 1988, com cinco anos de mandato sem a possibilidade de reeleição, alterada em 1997 e que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), também não encontram o aval da base governista no Congresso. A maioria dos partidos alinhados com o Planalto nem pensa em discutir um terceiro mandato.
“Isto não está em cogitação. O partido sequer pensa em analisar este tema. Temos problemas mais urgentes para discutir do que o terceiro mandato. Precisamos mesmo é de uma reforma política ampla”, destacou o líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR).
O líder do PCdoB no Senado, Inácio Arruda (CE), segue a linha.
“A base tem muitos nomes viáveis fora do PT. Temos que saber se vai ser um candidato ou vários”, revelou.
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