Garibaldi instala nova CPI dos Cartões no Senado
Para defender um pedido da oposição, esta comissão terá uma relação de forças entre governo e oposição semelhante a da CPI mista que já investiga o uso dos cartões que está em funcionamento desde o início de março. Segundo a secretaria-geral da mesa diretora do Senado, a CPI composta apenas por senadores, contará com 11 parlamentares - oito de partidos aliados do governo e três opositores.
Ainda segundo a prática no Senado, o PMDB, partido com maior bancada e aliado do governo, teria direito a ocupar a presidência da comissão e poderia indicar o relator para as investigações. O presidente do Senado sinalizou que esta composição e a escolha do comando da CPI ainda devem gerar muita polêmica entre os senadores. Garibaldi manteve durante o almoço uma reunião com os líderes partidários para tentar evitar uma criação de uma nova CPI sobre o mesmo tema, mas não obteve sucesso.
"Eu já fui para lá sabendo que teria que ler o requerimento. Mas, ponderei com eles que, apesar das duas CPIs, precisávamos continuar votando matérias no Plenário, mas eles não quiseram se comprometer com as investigações", disse o presidente. "As duas CPIs são irmãs gêmeas. Se uma padecer de um mal, como garantir que a outra também não vai padecer?", completou Garibaldi.
O presidente do Senado disse ainda que os líderes do PSDB e do Democratas (DEM), senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino (DEM-RN), informaram que abandonarão as sessões da CPI mista, que é realizada para investigar os cartões corporativos.
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