Brasil e Indonésia lideram ranking de desmatamento
O relatório Global Monitoring Report, realizado pelo Banco Mundial (Bird) e divulgado nesta terça-feira, afirma que a maior parte do desmatamento mundial vem se dando no Brasil e na Indonésia.
Um ranking publicado no relatório afirma que, entre 2000 e 2005, o Brasil teria desmatado um total de 31 mil quilômetros quadrados de sua área florestal, seguido pela Indonésia, que desmatou 18,7 mil quilômetros quadrados, e o Sudão, que derrubou 5,9 mil quilômetros de sua área florestal.
O desmatamento nos dois países com as maiores regiões de floresta no mundo vem ocorrendo, predominantemente, devido à transformação de suas áreas florestais em terras agrícolas.
Segundo o documento, o desmatamento no Brasil tem sido movido pela demanda por carne, soja e madeira.
Na Indonésia, ele tem sido estimulado pela demanda por madeira e por terras para o cultivo de palmeiras que fornecem óleo.
Nos dois países, afirma o Bird, o desmatamento tem sido causado "tanto por grandes interesses corporativos como pelo de pequenos proprietários".
Transformação
No Brasil, o relatório afirma que o índice de hectares desmatados foi de 2,7 milhões, entre 1990 e 2000, mas que ele passou para 3,1 milhões de hectares entre 2000 e 2005. Na Indonésia, ao contrário, os índices permaneceram inalterados no mesmo período.
O estudo do Bird afirma que áreas florestais do tamanho de países como Serra Leoa ou Panamá são perdidas anualmente devido a sua transformação em terras agrícolas. As regiões mais afetadas têm sido a América Latina e Caribe e a África Subsaariana.
O documento afirma que problemas de saúde causados por fatores ambientais são responsáveis por 80% das doenças, entre elas malária, diarréia e doenças respiratórias em todo mundo.
O relatório afirma que a maior parte dos países não conseguirá cumprir as chamadas Metas do Milênio até 2015.
As oito metas foram fixadas em 2000 por 191 países da ONU. As diferentes nações se comprometeram a implementar até 2015 medidas como pôr fim à fome e a miséria, fornecer educação básica e de qualidade para todos, reduzir a mortalidade infantil, combater a Aids, a malária e outras doenças e promover a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente.
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