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Politica Brasil
Segunda - 07 de Abril de 2008 às 07:36
Por: Edilson Almeida

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O governador Blairo Maggi ofereceu o sigilo das empresas do Grupo Maggi, da qual é sócio, para fins de investigação. O governador não admite dúvidas acerca de benefícios fiscais que implantou em Mato Grosso, que governa desde 2003. E já começou a reunir documentos: pediu ao líder do Governo na Assembléia Legislativa,deputado Mauro Savi (PR), que requeira junto a Câmara Setorial Temática relativa aos incentivos fiscais. O trabalho da Câmara mostra que não houve danos ao Estado no que se refere a concessão de benefícios fiscais.

Maggi é acusado de favorecer doadores de campanha, via incentivos fiscais. Uma ação popular subscrita por José Carlos Pereira Bueno, fiscal de tributos estaduais do Mato Grosso, tenta sustentar que 21 empresas teriam sido agraciadas através de atos normativos do Executivo. A ação foi apresentada em agosto. O fiscal cita a Sadia S.A. - unidade de Lucas de Rio Verde , e a Santana Textiles Mato Grosso S.A., que, segundo ele, foram contempladas com "favores na área tributária". As empresas contribuíram com R$ 350 mil para o caixa eleitoral de Maggi.

"Todos os segmentos conquistaram benefícios, jamais em troca de doação de campanha. Incentivo não é regalia. Atrai empresas que se dispõem a gerar empregos em Mato Grosso. As medidas alcançam todas as áreas de produção. Se não tem incentivo, ninguém vai se instalar" - justificou Savi, ao exaltar a atitude do governador. "O governador, como é do seu perfil, adotou a transparência e decidiu entregar as informações relativas ao grupo", declarou o deputado. "Blairo demonstra sua isenção. A atitude dele não me surpreende. Conheço sua história”.

Maggi enfrenta críticas da oposição na Assembléia por conta de sua política de incentivos fiscais a pessoas jurídicas, incluindo renúncias, redução da base de cálculos, concessão de créditos presumidos ou outorgados e prorrogações. Seus adversários políticos, capitaneado por Percival Muniz (PPS), ex-aliado ferrenho do Governo, tentou, sem êxito, avançar o caso para o uma CPI. Das vezes em que se pronunciou sobre o assunto, o governador foi taxativo: concedeu benefícios fiscais e jamais isenção fiscal.

Para as críticas, o Governo contra-ataca com números. Entre 2003 e 2007 houve uma corrida de grandes grupos industriais nacionais e internacionais a Mato Grosso, não só na agroindústria, mas também de vários outros segmentos, como os de confecções, embalagens, bebidas, reciclagem, entre outros.

Nesse período, os investimentos em projetos industriais somaram mais de R$ 5 bilhões, gerando mais de 149 mil empregos diretos e indiretos em todas as regiões do Estado. De acordo com Alexandre Furlan, ex-secretário de Indústria Comércio e Mineração do Governo, a política de incentivos fiscais adotada pelo Governo também foi decisiva na atração de empresas de grande porte. “Para Mato Grosso, incentivo fiscal não é gasto, é investimento e sinônimo de desenvolvimento. Prova disso, é que para cada R$ 1 de incentivo concedido, o Estado obteve uma receita de no mínimo R$ 1,43 e ainda gerou empregos e renda” - enfatizou.

As principais indústrias escolheram como sede cidades de todas as regiões do Estado. Os grandes empreendimentos optaram por se instalar perto do produtor e da matéria-prima. A Sadia S. A. em Lucas do Rio Verde; em Nova Mutum, a Perdigão; a Friboi em Sorriso; o grupo Bertin em Diamantino; a Big Frango e a Cargill em Primavera do Leste; a cervejaria Petrópolis, Santana Têxtil e ADM em Rondonópolis; a Rexam em Cuiabá; a Agrenco em Alto Araguaia, entre outras.





Fonte: 24 Horas News

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