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Politica Brasil
Quarta - 02 de Abril de 2008 às 06:50
Por: Rubens de Souza

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As relações entre democratas e peemedebistas vão de “vento em popa” para as eleições deste ano – o que pode, também ser um forte indício do que poderá ocorrer em 2010. O senador Jaime Campos, principal interessado nas articulações de forças para composição de sua base político-eleitoral para disputar a sucessão de Blairo Maggi, confirmou que os entendimentos para formação de aliança em Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop estão praticamente fechadas. Os dois partidos seguirão juntos, inclusive, retirando eventuais pré-candidaturas, como é o caso de Várzea Grande.

Na “Cidade Industrial”, berço político do senador democrata, é certo que o ex-vice prefeito Nico Baracat, que deixou a administração de Murilo Domingos sob forte artilharia, saraivadas e mais saraivadas de críticas, deverá abster-se de entrar na disputa. A ação faz parte do processo que visa garantir ao ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Júlio Campos, o retorno às urnas e também à Prefeitura da cidade sem maiores problemas. Por lá, é quase certo que Júlio enfrente apenas o ex-vereador Dito Loro, do PSDB, e mais um nome de uma aliança de esquerda – se tiver.

Em troca disso, o PMDB terá todo apoio e suporte naquela que é a principal base política do governador Blairo Maggi, a cidade de Rondonópolis. Os democratas deverão apoiar o nome do deputado José Carlos do Pátio para a sucessão contra Adilton Saschetti, nome bancado pelo governador. Na Assembléia Legislativa, Jaime conversou com o deputado Percival Muniz, do PPS, de forma a ajudar a alinhavar a formação de uma ampla frente de partidos em apoio ao peemedebista. O que parece um contracenso, já que Jaime Campos é, tecnicamente, um aliado de Maggi.

“Em eleição municipal, a discussão é paroquiana, localizada. Foge um pouco do âmbito do regionalismo. Não se pode imaginar que os republicanos terão apoio dos democratas em todas as cidades do Estado” – explicou um articulador democrata.

Outra cidade-pólo em que PMDB e DEM estão praticamente selando aliança é Sinop, no Norte do Estado. Jaime Campos, na passagem que teve na terça-feira pela Assembléia Legisalativa, exortou o deputado Juarez Costa a buscar o DEM. Na cidade, os democratas articulam o lançamento do nome do ex-deputado Jorge Yanai, atual suplente do senador Gilberto Goellner, do DEM. O quadro na cidade, no entanto, é complicado.Além de Juarez, que lidera a oposição, e Yanai, já se lançaram Roberto Dorner (PDT), Paulo Fiúza (PV), Jorge Muller (PSDB) e o deputado Juarez Costa (PMDB). Jaime Campos, no entanto, acredita piamente que o DEM poderá abrir mão para formação da aliança.

No maior colégio eleitoral, no entanto, o quadro não é diferente. Há espaço para as duas siglas caminharem juntos. A sigla liderada por Campos lançou o nome da ex-primeira dama de Cuiabá e ex-vice governadora Iraci França. E, ao contrário de muitos casos na política, não foi um “balão de ensaio” para negociar. “Até porque em jogo está a palavra do presidente do Diretório Regional, Oscar Ribeiro, entusiasta da candidatura dela” – disse o articulador democrata, ao analisar a possibilidade de aliança entre democratas e peemedebistas em Cuiabá. Já o PMDB não tem candidato. O nome de Totó Parente, ex-vereador, é visto como instrumento de resposta.

A rigor, não há nada que impeça essa aliança PMDB-DEM em Cuiabá. O PMDB está no arco prioritário de alianças, mas há um afastamento que a cada dia se torna maior. O partido tinha como certo de que indicaria o vice de Santos. A reação de setores do PSDB, no entanto, causaram entremecimento nas relações. “O próprio Wilson quer o PMDB de graça, sem dar nada em troca”, segundo um assessor da sigla. “O DEM poderia oferecer algo muito melhor”.





Fonte: 24 Horas News

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