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Meio Ambiente
Terça - 01 de Abril de 2008 às 16:25

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A poluição tornou 70% das águas de rios e lagos do Brasil impróprias para o consumo, segundo relatório da organização não-governamental Defensoria da Água, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A pesquisa, com dados de 2004-2008, com 423 pesquisadores, 830 monitores de campo e 1.500 voluntários, identificou 20.760 áreas de contaminação em todo o País, informa Luana Lourenço, da Agência Brasil.

A contaminação das águas superficiais cresceu 280% em relação a 2004. "Nesse ritmo, se nada for feito, nos próximos quatro anos 90% das águas estarão impróprias para o consumo humano", diz o texto dos pesquisadores. O agronegócio e a atividade industrial são apontadas como principais causas. "Há uma falta generalizada de controle e de fiscalização da geração, da destinação e do tratamento de resíduos, sejam eles urbanos, de saúde ou residenciais", avalia o secretário-geral da Defensoria da Água, Leonardo Morelli. Mineração, produção de suco de laranja e de derivados da cana-de-açúcar são os "destaques negativos" pelos problemas ambientais provocados pelo descarte inadequado de resíduos industriais e pelas conseqüências sociais ligadas aos empreendimentos, como exploração de mão-de-obra e avanço sobre áreas indígenas.

O lançamento de esgotos diretamente nos rios e a exposição de resíduos em lixões também são apontadas como causas do crescimento contínuo da poluição das águas, principalmente em áreas urbanas. "A existência de lixões continua sendo uma realidade irrefutável em mais de 4,7 mil municípios sendo que a deposição de resíduos sem controle ou proteção continua ocorrendo nas margens de cursos de água e proximidades de nascentes", relata o texto.





Fonte: Redação Terra

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