Sobrinho ignora acordo com Galindo; PTB racha
O presidente regional da Comissão Provisória do PTB, Oswaldo Sobrinho, puxou literalmente o tapete do seu companheiro de legenda, deputado Chico Galindo. Sobrinho rompeu o acordo que previa a eleição, neste semestre, do parlamentar como dirigente estadual do partido, ou seja, como seu sucessor. Ele foi além. Decidiu adiar a eleição interna para o final do ano. Assim, Sobrinho continua ditando as regras como presidente, inclusive durante e depois das eleições municipais.
Nos bastidores, ele já mandou recado para Galindo. Avisa que, se este quiser, vai ter de disputar internamente. Como não é daqueles de partir para o confronto, Galindo preferiu "engolir seco". Mesmo assim, o clima é de racha num partido que, mesmo fundado há várias décadas, é tido como nanico em Mato Grosso. O PTB só tem um prefeito no Estado e um vice (Edmilson, de Planalto da Serra). A maior bancada está na Câmara de Cuiabá, com 3 vereadores: Clovis Hugueney, Dilemário Alencar e Júlio Pinheiro.
Oswaldo Sobrinho figura na relação de caciques políticos. Já ocupou vários cargos eletivos, como de deputado, secretário de Estado e de vice-governador e hoje, além de um salário superior a R$ 5 mil como assessor do diretor-geral do Dnit, em Brasília, Luiz Antonio Pagot, ainda engorda pensões e benefícios que somam cerca de R$ 40 mil mensais.
Galindo, por sua vez, é empresário, se elegeu deputado com menos de 12 mil votos e tomou gosto pela política. Por outro lado, "patina" como coordenador da campanha à reeleição do prefeito Wilson Santos, de quem Oswaldo Sobrinho é primo. Pelo visto, só vai sobrar mesmo para o deputado a presidência do PTB da Capital.
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