Ratos têm capacidade de pensar como humanos
Ratos também têm a capacidade de aprender novas regras e aplicá-las em diferentes situações, uma habilidade considerada, até então, uma prerrogativa da mente humana, de acordo com pesquisa divulgada hoje.
E podem ir mais além: em artigo publicado em jornal científico britânico, pesquisadores da Universidade College London e a Universidade de Oxford afirmaram que os ratos também possuem a capacidade do pensamento abstrato.
Os cientistas fizeram três testes expondo os roedores a provas visuais, auditivas e combinaram os experimentos com comida - oferecida no final como recompensa.
Durante o primeiro teste, os ratos foram condicionados a terem uma reação de defesa, com o estímulo da luz e da escuridão, seguindo a lógica ABA, AAB ou BAA, ''A'' representando a luz e ''B'' a escuridão.
O primeiro grupo de ratos sempre recebeu comida com a seqüência ABA, o segundo foi recompensado com a AAB, e o terceiro com a série BAA. Os ratos foram também testados com todas as seqüências, mas desta vez sem receberem comida no final.
A experiência foi repetida e, depois de alguns dias, foram capazes de distinguir as séries e associaram qual era a lógica para receber a comida no final.
Na segunda experiência, os pesquisadores treinaram as cobaias a esperarem por comida usando sinais auditivos que seguiam a seqüência ABA. Depois, alteraram o sinal ao mudar a freqüência dos tons, mas mantiveram a mesma seqüência.
Mesmo com sinais desconhecidos, os ratos aparentaram esperar por comida quando ouviam tons baixos e altos seguidos da série ABA, devido a rápida maneira como os roedores iam checar seus comedouros.
Isso mostrou que os animais aparentemente distinguiram as seqüências que ouviam de acordo com o que haviam aprendido anteriormente.
"Baseados nas seqüências, eles sabiam quando receberiam a comida", disse Robin Murphy, professor de psicologia da Universidade College London e um dos autores da pesquisa.
"As experiências mostram como os ratos conseguem abstrair informações complexas". Os pesquisadores repetiram o último teste com os sinais visuais, mas desta vez sem oferecer a comida. Os ratos, ainda assim, tiveram a mesma reação e responderam à seqüência que eles haviam anteriormente associado à comida.
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