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Meio Ambiente
Segunda - 24 de Março de 2008 às 10:47

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A concentração de carbono negro (ou carbono grafite) na atmosfera, resultante da queima de combustíveis e biomassa, é a segunda maior causa do aquecimento climático depois das emissões de dióxido de carbono, segundo um artigo publicado pela revista britânica "Nature".

Um estudo realizado por especialistas das universidades da Califórnia e de Iowa indica que o carbono negro é uma substância que absorve a radiação solar e não permite que a radiação refletida pela superfície terrestre saia da atmosfera, por isso eleva a temperatura do planeta.

O carbono negro pode viajar longas distâncias pela atmosfera terrestre, em um percurso no qual se mistura com outros aerossóis, como nitratos, sulfatos e cinzas.

Esta mistura origina colunas de nuvens marrons de 3 a 5 quilômetros de espessura que não deixam que a radiação solar visível chegue à superfície terrestre, o que prejudica o ciclo do hidrogênio e aquece a atmosfera.

Este fato é agravado porque a maior concentração do carbono negro ocorre nos trópicos, onde a radiação solar é maior.

Além disso, a deposição de carbono negro pode também escurecer a neve e o gelo, aumentando sua absorção do calor local e contribuindo com o derretimento das geleiras e os pólos, em particular do círculo polar ártico e da cordilheira do Himalaia.

A queima de biocombustíveis, de combustíveis fósseis e de biomassa é a principal fonte de emissão do carbono negro na atmosfera.

As maiores concentrações são dos países em desenvolvimento localizados nos trópicos e no leste asiático, especialmente grande parte do Brasil e do Peru, a Índia, o leste da China, o Sudeste Asiático, o México e a América Central.

De acordo com o estudo, os efeitos do carbono negro são a segunda maior colaboração humana para o aquecimento do planeta, depois das emissões de dióxido de carbono.





Fonte: EFE

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