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Politica Brasil
Sábado - 22 de Março de 2008 às 18:19

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Despontado já gigante na cena política, o Partido da República (PR) demonstra pouco fôlego nas pesquisas eleitorais em vários municípios do Estado, sobretudo nas cidades pólos. O sinal amarelo coloca em prova de fogo a solidez da legenda e o peso político do governador Blairo Maggi, principal líder do PR no Estado, nos mais diversos rincões eleitorais de Mato Grosso. No discurso oficial do PR, a admissão é de que impera a dificuldade apenas em Sinop e Cáceres.

O quadro de pouco fôlego fomenta o discurso de aliados na base governista, mas adversários nas urnas municipais. “É um time grande, mas com deficiência de jogador”, sentencia o deputado estadual José Riva (PP). “O PR não tem ainda uma base sólida, uma doutrina partidária que seja conhecida pela população. Agora é que vamos ver o ‘tamanho’ do PR. É um partido grande, mas não sabemos se há solidez”, declara o senador Jayme Campos (DEM).

Para os dois veteranos políticos, apesar da reconhecida força política do governador Blairo Maggi, é preciso ponderar que o Partido da República algo totalmente novo para o eleitor na ponta. Em tese, isso poderia provocar reações de apatia nas urnas. José Riva ainda emenda uma análise peculiar ao quadro enfrentado pelo PR.

Para ele, a conjuntura é o reflexo de uma verdadeira “crise do poder” após a cooptação maciça de vários prefeitos eleitos e lideranças municipais ligados a outras legendas. “Dentro de uma aliança, é normal ficar meio encolhido porque além de tudo há a governabilidade. Junto com isso, o PR avançou em cima de vários prefeitos. Hoje o que se tem é uma crise de poder. Ela demora, mas sempre chega”, profetiza o político.

Em discurso inflamado na Assembléia Legislativa, Riva condenou a investida republicana que acabou arrebanhando esses quadros, entre eles alguns prefeitos eleitos pelo PP. Ao usar da tribuna, o parlamentar reclamou do que definiu como total desrespeito às instituições partidárias. As farpas foram disparadas diretamente contra o governador Blairo Maggi.

O presidente estadual do PR, Moisés Sachetti, rechaça a tese de uma crise eleitoral. “Não vejo os pólos e as demais cidades dessa maneira. Há dificuldades com o Baiano Filho, em Sinop, e também em Cáceres. Fora isso, não vejo problemas”. Secretário de Estado de Esportes e Lazer, Baiano já tem a desistência da candidatura à Prefeitura de Sinop prenunciada.

Em Cáceres, a sigla não tem hoje um nome com viabilidade para disputar a sucessão municipal. O atual prefeito Ricardo Henry (PP), apesar dos altos índices de rejeição, é o candidato natural da legenda à reeleição.

Sachetti argumenta que em várias localidades o que se vê são índices altos de aprovação ao desempenho do governo de prefeitos que aderiram ao PR, mas uma má avaliação sob o prisma político. “Há um antagonismo. Vamos trabalhar para dissolvê-lo”. Sachetti pretende se afastar das funções de secretário Extraordinário do governo Maggi neste início de abril para percorrer os municípios em busca da viabilização de candidaturas republicanas.

O PR tem hoje o maior número de lideranças políticas com mandatos eletivos no Estado. Já em quantidade de filiações, DEM e o PMDB são maiores. Os republicanos comandam hoje pouco mais de 70 municípios.





Fonte: Diário de Cuiabá

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