Jonas propagou Maggi como um afilhado político
No caso específico de Jonas, tratava-se de um personagem que fazia questão de explorar o seu jeito caboclo de ser e com trânsito em todos os setores. Foi deputado federal por três mandatos e estava no segundo de senador quando veio a falecer, aos 67 anos. Projetou algumas pessoas na política, como a própria esposa Celcita, que foi deputada federal.
Em relação ao hoje governador Blairo Maggi, que costumava chamar Jonas de segundo pai, as opiniões também se dividem. A relação de amizade e política entre os dois vinha desde a década de 80. Eis que nas eleições de 1994, Jonas disputou o Senado e viu em Maggi, o rei da soja, um suporte financeiro ideal. O então deputado federal o trouxe para a vida pública. Se elegeu senador, com Maggi na primeira-suplência. Ele veio a estrear como senador por quatro meses em 99.
A partir daí, Blairo Maggi tomou gosto pela política. Em 2002, quando se elegeu governador, conseguiu convencer Jonas a concorrer à reeleição, num momento em que o parlamentar "pedia arrego", ou seja, não estava mais disposto a disputar cargo eletivo. Havia acordão até para levá-lo para o Tribunal de Contas com vistas a ocupar cadeira vitalícia de conselheiro. As chapas majoritárias, com Maggi a governador e Jonas a senador, saíram vitoriosas.
Jonas fazia questão de dizer que fora ela quem motivou Maggi a ingressar na militância política. Maggi, por sua vez, reconhece que teve "empurrão" do ex-parlamentar, tanto que o chamava de padrinho político. Agora, na prática, no pleito de 2002, já era Maggi quem "segurava" Jonas na política.
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