Lula descarta alta da gasolina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou a possibilidade de alta nos preços da gasolina em função das oscilações do valor do barril de petróleo nas bolsas de valores.
Ontem (19), por exemplo, o barril de petróleo fechou a US$ 104,48, preço considerado ainda elevado apesar de menor que o patamar alcançado na semana passada de US$ 112. “Se não aumentou quando chegou a US$ 110, agora que o preço caiu [do barril de petróleo], por que os preços aumentariam?”, indagou o presidente.
Ele disse também que o governo vê com cautela a crise norte-americana, mas que está tranqüilo porque hoje o Brasil tem uma pauta de exportações diversificada. “Não dependemos mais de um só país. Temos relações comerciais de Argentina a Chile, de Índia a Colômbia, de Venezuela a Vietnã, de Equador a países árabes”, comentou.
O presidente participou hoje de cerimônia em que foram assinados convênio para cessão de águas públicas para aqüicultores e termo de cooperação técnica para estudo de viabilidade técnica e econômica para construção de um alcoolduto ligando Campo Grande (MS) ao Porto de Paranaguá, no Paraná.
Ele traçou a importância da construção de um duto de transporte de etanol até Paranaguá devido a posição estratégica do porto, que escoa a produção brasileira do combustível para o mundo. Lula lembrou a meta a ser atingida pela União Européia de adicionar 10% de etanol na gasolina, estabelecida pelo Protocolo de Kioto, o que provocará mais demanda pelo combustível.
"Mais dia ou menos dia, a União Européia terá que cumprir até 2020, 10% de etanol na gasolina. E, quando chegar o momento, eles vão ter que saber de quem que eles vão precisar e não tem outro país com o maior potencial de vender do que o Brasil", afirmou.
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