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Politica Brasil
Quinta - 20 de Março de 2008 às 09:14
Por: Rubens de Souza

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Medo, desconfiança, incerteza, falta de preparo político e sem apoio popular. Estas são as situações que o PR – Partido da República -, que abriga o governador Blairo Maggi e sua “turma da botina” e o empresário Mauro Mendes, presidente da Fiemt estão enfrentando neste período que antecede ao lançamento do candidato do partido à Prefeitura de Cuiabá. Por pressões partidárias, Sérgio Ricardo, presidente da Assembléia Legislativa, foi obrigado a desistir e o PR, agora, corre o risco de não ter candidatura própria para disputar a principal prefeitura do Estado, justamente Cuiabá.

O partido continua insistindo que vai lançar o nome do empresário Mauro Mendes. O problema é que nos bastidores da sigla partidária pouca gente acredita na competência eleitoral do candidato que não é conhecido da população cuiabana. “Acho difícil conseguirmos fazer um Maggi 2, como aconteceu na eleição de 2002 quando garantimos a eleição de um Blairo Maggi que era desconhecido politicamente”, disse um integrante do PR que mostra todo o descontentamento que vem sendo gerado dentro do partido com a indicação do desconhecido Mauro Mendes.

Mas o problema não está apenas no fato do presidente da Fiemt ser desconhecido politicamente. O próprio candidato também não consegue demonstrar muito interesse na disputa. Parece amedrontado quando deveria estar em evidência, fortalecendo seu nome. Vive na sombra do governador, acreditando que isso é mais do que suficiente para se eleger diante de candidaturas fortes como a do prefeito Wilson Santos, PSDB, que vai tentar a reeleição, Valter Rabello, PP e Iraci França, DEM.

Mauro Mendes evita qualquer tipo de comentário sobre eleição. Evita até aparecer sozinho e quando é indagado chega a gaguejar um “ainda é cedo para colocar o bloco da rua”, enquanto a concorrência está, como dizem os próprios integrantes do PR, “nadando de braçada”.

“O presidente da Fiemt está mais preocupado em arrumas as malas e viajar no início de abril para a China com o governador. Eleição parece que não existe para ele. Acredita que com 45 dias e muito dinheiro vence. Corremos o risco de ter uma derrota humilhante”, disse um militante.

A preocupação com a indefinição de Mauro Mendes, apontado como medroso por alguns é tão grande que nem a afirmação de Moisés Sachetti, presidente do partido de que o PR fará 80 prefeituras nas eleições de cinco de outubro soa como garantia de sucesso dentro do partido. “Para fazer 80 prefeituras no interior,é preciso primeiro se fortalecer em Cuiabá, que é o maior colégio eleitoral do Estado”, diz um influente analista político. “Sem esta força e sem candidatura ou com um candidato medroso, sendo apenas figurante, não vão conseguir nada”, alfineta.

Nos meios políticos, aliás, ninguém acredita nas previsões de Moisés Sachetti. E é fácil de avaliar o pessimismo. É que a maioria dos prefeitos do PR está em final de segundo mandato e não podem concorrer a reeleição. Acontece que estes titulares, como se diz no jargão esportivo, não contam com titulares a altura.

Diante desta situação, de temor de Mauro Mendes em se expor e da falta de nomes com projeção eleitoral, o PR fica ainda em situação mais complicada quando o assunto é eleição estadual em 2010. Luiz Antônio Pagot, presidente do Dnit, já se lançou candidato. Mas ele mesmo esclarece que de nada vai adiantar trabalhar, tapar buracos, construir estradas, trazer uma nova ferrovia para Cuiabá, se seu partido, PR não conseguir se fortalecer nas eleições municipais. Ele cobra coerência e mais eficácia do partido, temendo nadar na praia em 2010.





Fonte: 24 Horas News

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