Em Mato Grosso, 19 municípios estão "a beira da desobediência civil"
- Ninguém está aqui defendendo o desmatamento desordenado, mas a edição do decreto e a truculência da Polícia Federal e da Guarda Nacional têm levado as comunidades a muita incerteza e insegurança jurídica - alertou o senador.
A irritação dos mato-grossenses com o decreto levou a Assembléia Legislativa do estado a aprovar um voto de repúdio à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A atmosfera teria piorado em razão das divergências entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Secretaria de Meio Ambiente do estado a respeito dos critérios para o licenciamento para exploração de madeiras.
Em outro tipo de reação, muitos empresários estão simplesmente fechando seus negócios no setor, como foi o caso recente da madeireira Fabiana, instalada no município de Sinop. Nos últimos três anos, 30% das empresas do setor teriam fechado as portas no estado.
Na opinião do senador, o fechamento de empresas está causando queda na renda e no emprego e afetando em cadeia outras atividades empresariais. As repercussões sociais já teriam se mostrado nos crescentes índices de criminalidade captados pelos pesquisadores que elaboraram o mapa da violência.
- A falta de confiança leva ao ceticismo e ao crime, que deságuam no caos, no triunfo do desgoverno e na desobediência sem precedentes - disse o parlamentar do DEM. Para ele, o governo Luiz Inácio Lula da Silva não tem compromisso com o setor produtivo e com o conjunto da sociedade mato-grossense.
O senador aconselhou o governo a evitar medidas repressivas e adotar uma política de alternativas econômicas e sociais que conjuguem produção com respeito ao meio ambiente. Ele disse acreditar que, no momento, há um confronto entre "os que querem preservar a todo custo e os que querem produzir".
- Esses pioneiros e patriotas que migraram para o Mato Grosso estimulados pelo governo federal merecem respeito. Não podem ser tratados como bandidos - defendeu o senador.
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