Maggi foi inerte sobre ação da PF, diz deputado
Walter Rabello criticou nesta quarta (19) o posicionamento do governador Blairo Maggi (PR) quanto à atuação da Polícia Federal contra os madeireiros, se referindo à Operação Arco de Fogo, que resultou no fechamento de algumas empresas do setor no Nortão. "O governador está inerte a tudo isso. Ele poderia ter evitado a vinda da PF", afirmou o deputado e pré-candidato à sucessão municipal em Cuiabá.
Rabello disse que a chegada da PF foi anunciada e Blairo Maggi poderia ter buscado o diálogo com o governo federal no sentido de evitar a ação, que, pelas circunstâncias, acabou atiçando a ira dos madeireiros. Em meio à revolta, eles começaram a liderar reuniões e participaram nesta quarta de uma audiência pública na Assembléia. "Não sei o que acontece com o governador. Acho que ele tem medo do título da Moto-Serra de Ouro", afirmou o deputado, numa alusão ao "prêmio" concedido pela ONG Greenpeace ao governador por supostas ingerências na área ambiental. O assunto acabou ganhando mais repercussão nacional com uma "reportagem" exibida no Pânico na TV. "Blairo poderia ter buscado apoio do Legislativo e tentar achar soluções", diz Rabello.
O deputado revelou ainda que o plantio de soja é o maior responsável pelo desmatamento e não os madeireiros. "Porque a PF não foi fechar a Amaggi? Por que a polícia não faz intervenções nas plantações de soja? As coisas devem ser colocadas de forma clara", debateu.
Maggi pediu calma aos madeireiros nesta quarta e disse que já solicitou audiência com os Ministérios do Meio Ambiente e da Casa Civil e também com o presidente Lula. Ele deverá apresentar um relatório feito pela Sema, em que revela que somente 10,1% dos dados apresentados pelo Inpe sobre desmatamento em MT são verídicos.
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