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Politica Brasil
Terça - 18 de Março de 2008 às 14:16
Por: Catarine Piccioni

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Sob o conhecido discurso de que os madeireiros são vítimas de ações de fiscalização, o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), criticou o governador Blairo Maggi nesta terça-feira pela suposta demora em se posicionar junto ao governo federal na tentativa de suspender o decreto presidencial que prevê multas para comerciantes e produtores que utilizarem áreas florestais desmatadas.

“Se o Estado detectou que os dados (divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) estão incorretos, por que não divulga o relatório? Não acredito que o governador não conseguiu até hoje marcar uma reunião em Brasília (com o presidente Lula e a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente). Está havendo falta de condução política. Explicações técnicas não convencem a mais ninguém”, esbravejou Riva, em reunião promovida pela Associação Mato-grossense dos Municípios para tratar do tema com representantes de dez dos 19 municípios mato-grossenses atingidos pelo decreto, além de entidades representativas dos setores agropecuário e madeireiro.

Na mesma reunião, o secretário estadual Luís Henrique Daldegan (Meio Ambiente) reafirmou que 90% dos dados apresentados pelo Inpe estão errados, enquanto 10% correspondem à realidade, isto é, há pontos de desmatamento nos locais. Ele rebateu o parlamentar dizendo que “realmente há gente que não quer cumprir a legislação e, por isso, precisa existir, sim, fiscalização”. “Existe muita ‘falcatrua’ que não é culpa da Sema”, observou Daldegan.

“Houve realmente avanço (da fronteira agrícola) na Amazônia”, reconheceu o prefeito de Confresa, Mauro Pereira (PT). Já o presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), Rui Prado, argumenta que apenas sete mil das 120 mil propriedades existentes em Mato Grosso apresentaram pedidos à Sema para liberação de licenças ambientais.

“E como vamos trabalhar com essa fiscalização o tempo todo?”, questionou Prado. A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis deflagraram a Operação Arco de Fogo em Mato Grosso, Rondônia e Pará. Daldegan informou ainda que logo haverá uma reunião com o Inpe. Ao menos na primeira parte da reunião na AMM, encerrada por volta das 11h30, não havia sido definido nenhum encaminhamento.





Fonte: Olhar Direto

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