Copom trabalha com projeção de estabilidade no preço de gasolina

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a projeção de que não haverá aumento de preços da gasolina e do gás de cozinha, no acumulado de 2008. Também foi mantida a projeção de reajuste da tarifa de telefonia fixa em 3,5% para o acumulado de 2008, e, no caso do preço da eletricidade, a estimativa para o acumulado de 2008 foi alterada de 3,4% para 1,1%.

A estimativa de reajuste para o conjunto de preços administrados para o acumulado de 2008 foi modificada para 4%, ante os 4,2% considerados na reunião de janeiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse conjunto de preços correspondeu a 30,31% do total do Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplio (IPCA) de janeiro. Para 2009, a projeção de reajustes dos itens administrados por contrato e monitorados foi alterada de 4,2% para 4,5%.

Quanto ao preço do petróleo, "fonte sistemática de incerteza advinda do cenário internacional", o Copom considerou que o aumento do preço do barril observado recentemente "reflete, além de mudanças estruturais no mercado energético mundial, tensões geopolíticas recorrentes". Mesmo assim, Copom prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2008.

O comitê ressaltou, entrentato, "a elevação consistente dos preços internacionais do petróleo se transmite à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pela deterioração que termina produzindo nas expectativas de inflação dos agentes econômicos".

O Copom também lembrou que os preços de outras commodities, especialmente grãos, também mostraram elevação, "a despeito do maior pessimismo sobre as perspectivas para o crescimento da economia mundial, e da turbulência nos mercados financeiros globais".