<b>Gilmar Fabris obtém liminar e reconquista mandato </b>
A quatro dias de ser notificado pela Mesa Diretora da Assembléia sobre a perda em definitivo da cadeira de deputado, Gilmar Fabris (DEM) consegue uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral, que lhe garante a permanência no cargo até o julgamento do mérito. O pedido foi deferido às 19h08 desta sexta (14) pelo ministro César Peluso. O comunicado será feito na segunda ao TRE-MT, que havia cassado Fabris por compra de votos.
Empolgado com o êxito na batalha jurídica, Gilmar Fabris pretende retornar à Assembléia na próxima semana, quando vence o prazo de seu terceiro pedido de licença. Com isso, perde espaço no legislativo mato-grossense o suplente Roberto França (sem partido), que já vivia expectativa de ser efetivado no cargo por causa da cassação de Fabris, um dos 10 eleitos pela coligação PPS/PFL. Do PPS só sobrou Percival Muniz. Os demais eleitos pela sigla foram para o PR do governador Blairo Maggi, enquanto França também saiu e está hoje sem partido. Com o fim do PFL, os seus eleitos e reeleitos pularam para o recém-criado DEM.
Gilmar Fabris conta com uma banca de advogados. São eles: José Eduardo Rangel de Alckmin, Antônio César Bueno de Marra, Stella Haidar Arbid e Zaid Arbid, o mesmo que defende o comendador João Arcanjo Ribeiro, que comandava o crime organizado em Mato Grosso.
Todos os três deputados mato-grossenses que foram cassados sob acusação de compra de votos na campanha de 2006 conseguiram se "segurar" no mandato, graças a liminares obtidas no TSE. Primeiro, foi o federal Pedro Henry (PP). Depois veio a estadual Chica Nunes (PSDB) e, agora, Fabris. O democrata, mesmo cassado, continuava deputado devido a uma manobra. Como havia apresentado atestado médico e se encontra de licença, a Mesa da Assembléia não o notificou da perda do cargo, garantindo-lhe todos os direitos, desde salário de R$ 12,4 mil até o veículo Corolla.
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