Adilton Sachetti lança recandidatura em Rondonópolis
Puxado pelo discurso do seu ex-adversário político, deputado federal Wellington Fagundes, o prefeito Adilton Sachetti anunciou, durante inauguração do diretório do PR de Rondonópolis, que vai buscar um novo mandato. Perante cerca de mil pessoas, ele fez balanço de sua gestão, afirmou que atua com transparência e conclamou os rondonopolitanos a fazerem comparativos com as administrações anteriores, principalmente com o governo Percival Muniz (PPS), de quem era aliado até 2005.
O escritório do PR servirá de QG para a campanha de Sachetti. O governador Blairo Maggi não prestigiou a solenidade. Mandou o seu assessor extraordinário e presidente regional da legenda, Moisés Sachetti, irmão do prefeito. Numa jogada combinada, coube a Fagundes, que perdeu a prefeitura duas vezes, uma delas para próprio Sachetti, em 2004, defender a reeleição do hoje companheiro de agremiação. Para reforçar a tese de um novo mandato ao prefeito, Fagundes convocou os populares presentes a entoarem com ele o grito da campanha: “1,2,3, Adilton outra vez!”.
Em discurso inflamado, o deputado disse que "Sachetti é um exemplo de trabalho". Afirmou que o prefeito tem compromisso com a população e, por isso, será candidato de novo. "Ele é nosso candidato e só falta acertar quem será o vice-prefeito”. Sachetti, por sua vez, elencou obras realizadas e outras conquistas.
Num recado a Muniz, que se juntou ao peemedebista Zé do Pátio, principal ameaça eleitoral contra o atual prefeito, Adilton Sachetti fez críticas às dívidas "herdadas" de gestões anteriores e afirmou que houve mau uso do dinheiro público. Citou, como exemplo, débitos milionários com a Rede/Cemat. "Enquanto a dívida com a Cemat acumulava, os bairros continuavam sem iluminação pública e o dinheiro era cobrado de toda a população e não era repassado (à empresa). Isso é uma amostra do que é politicagem. Chega desse tipo de coisa. Por isso quero chamar a todos para uma discussão abrangente das obras realizadas nesta cidade a partir desta gestão”.
A solenidade atraiu líderes não só do PR, mas também do PTB, PP e PT, além do DEM, como foi o caso do senador Gilberto Goellner, que assumiu a cadeira de Jonas Pinheiro (já falecido).
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