Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 14 de Março de 2008 às 08:37

    Imprimir


A militância partidária começa a "produzir" novos caciques na política em Mato Grosso. Depois de Carlos Bezerra, que há décadas dita as regras no PMDB, do PP de José Riva e Pedro Henry, do DEM de Jaime Campos e do PTB de Oswaldo Sobrinho, agora começam a prevalecer também normas dentro do PR com Blairo Maggi, do PDT com Otaviano Pivetta e do PPS com Percival Muniz. Estes três incorporaram a tese do caciquismo. Atuam com mão-de-ferro para ter as rédeas do partido. O prefeito cuiabano Wilson Santos começa a seguir o mesmo caminho enquanto presidente estadual do PSDB.

O governador Blairo Maggi escalou seu afilhado Moisés Sachetti para presidir o PR, depois de, com a força da máquina, transformar a legenda na maior do Estado com 67 prefeitos, mais de 50 vice, 250 vereadores, 5 deputados estaduais e 2 federais. Mesmo fora da presidência, controla tudo. Sachetti dá os passos partidários monitorados pelo cacique Maggi. O rei da soja já é responsável pela fritura de alguns pré-candidatos, como o deputado Sérgio Ricardo, que desistiu de concorrer à Prefeitura de Cuiabá. Maggi virou político de carteirinha.

O deputado estadual Otaviano Pivetta, aos poucos, conseguiu arrancar de Mário Márcio Torres a presidência estadual do PDT. O radialista controlava o partido há mais de 20 anos. Agora é Pivetta quem impõe sua "filosofia". Sob suas ordens, a legenda pedetista já se distanciou do prefeito Santos. Percival Muniz incorporou a rebeldia do presidente nacional Roberto Freire e conduz o PPS no Estado com rigor. Tenta cassar os infiéis e reconduzir o partido à condição de grande, após voltar a ser pequeno com a debandada da turma da botina para o PR.

As novas regras do TSE sobre fidelidade partidária trazem mais poderes aos caciques que, dependendo da conveniência do momento, podem "fritar" ou projetar aliados.

Imposição

Hoje, em praticamente todas as legendas as decisões sobre candidaturas, alianças e controle interno são tomadas pela cúpula, apesar de muitos recorrerem ao costumeiro argumento de que as bases são consultadas. Nesse processo, a chamada militância se vê obrigada a absorver encaminhamentos que poderiam até tomar outro rumo se fosse conduzido de forma democrática. Mato Grosso começa a experimentar a fase na política de muitos caciques para poucos índios.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/184087/visualizar/