Operação "Arco de Fogo" pode durar 60 dias em Mato Grosso
As indústrias madeireiras de da região Norte de Mato Grosso estão passando por duas fiscalizações do Ibama - as operações Arco de Fogo e a Rastro Verde (que vem sendo realizada há mais de um mês). A Arco de Fogo seria, inicialmente, nas 19 cidades onde o INPE apontou aumentou nos desmates. A inspeção em madeireiras surpreendeu o setor e gerou duras críticas pelo fato de, novamente, fiscais do Ibama entrarem nas indústrias escoltados por policiais federais e agentes da Força Nacional armados com metralhadoras.
Está sendo feita medição de toras, checada procedência (de áreas onde foram extraídas) e os projetos de manejo florestal. O Ibama quer saber se as toras não saíram das cidades do Nortão onde o INPE apontou que houve aumento considerável de desmates nos últimos meses de 2007, embora os dados continuam sendo muito questionados pelo governo mato-grossense.
Uma fonte prevê que a operação dura cerca de 60 dias. Nesta segunda-feira, a fiscalização começou pela empresa do presidente do Sindusmad, José Eduardo, e o setor considerou a decisão "intimidatória" e também falou em retaliação. Outra madeireira, no setor comercial, também foi vistoriada.
Uma das bases da operação é em Sinop e a outra em Alta Floresta, onde serão fiscalizadas as áreas e madeireiras em Paranaíta, Nova Monte Verde, Juara, Juína e outras cidades.
O governador Blairo Maggi espera confirmação de audiência com o presidente Lula para apresentar-lhe uma "revisão de dados", feita pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, apontando que 6,5% dos desmates são recentes. O governo estadual continua apontando "graves erros" no balanço do INPE, que acabou desencadeando a operação.
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