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Meio Ambiente
Terça - 11 de Março de 2008 às 17:20
Por: Catarine Piccioni

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O superintendente da PF (Polícia Federal) em Mato Grosso, Oslain Campos, afirmou que não vai polemizar com o governador Blairo Maggi (PR) sobre a Operação Arco de Fogo, -- deflagrada pela polícia, em ação conjunta com o Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis e Meio Ambiente), para combater o desmatamento na região amazônica. A operação atinge 36 municípios (do Pará, Rondônia e Mato Grosso) apontados como os que mais derrubaram a floresta em 2007.

“A operação vai ter resultado a curto prazo. Atos ilícitos sempre vão existir e a polícia irá investigá-los. Não quero polemizar com o governador”, disse Campos. Em entrevista recente, Maggi admitiu que falta controle para reduzir o desmatamento em Mato Grosso e disse não acreditar que o governo federal consiga obter êxito na Operação Arca de Fogo. “Agora virão mil homens (para atuar na operação), mas os problemas voltarão quando se afrouxar a fiscalização”, comentou. A operação teve início ontem no estado.

“O desmatamento só será evitado quando a floresta valer mais em pé do que vale deitada hoje. É preciso dar opção econômica às pessoas que vivem na Amazônia. Não dá para simplesmente proibir à base de comando e controle. Acho que a solução é um programa de desmatamento evitado e a criação de um fundo mundial para pagamento de serviços ambientais prestados. Se queremos a preservação (da Amazônia), é preciso remunerar essas pessoas”, reafirmou Maggi, no último dia 27.

Já o superintendente da PF argumenta que os moradores e madeireiros da região amazônica não estão impedidos de "trabalhar dentro da lei". "Ninguém gosta de ser fiscalizado. Existe plano de manejo para desmatar de forma correta. Não dá para aceitar a exploração econômica de forma predatória, destruindo a selva. O valor agregado à madeira extraída a partir desse plano (de manejo) é maior do que ao da madeira sem certificação. Não há como dissociar o desenvolvimento econômico da preservação ambiental. É possível trabalhar de forma sustentável, é só respeitar a legislação”, disse Oslain Campos.





Fonte: Olhar Direto

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