Morte de Pinheiro antecipa afastamento do DEM e PR
O consequente distanciamento entre o DEM e PR é uma tese da maioria dos caciques dos dois partidos, mas ninguém admite isso publicamente no momento. Enquanto os republicanos sonham em emplacar o sucessor de Maggi, os democratas desenham a partir deste ano a candidatura do senador Jaime Campos ao governo.
A morte de Jonas tem influência no processo de afastamento porque ele era considerado pelos dois partidos um apaziguador. Muitas vezes foi o responsável por minimizar o embate entre as duas legendas que já se arrasta desde o primeiro mandato de Maggi.
Apesar dos dirigentes dos dois partidos concordarem com a tese de natural afastamento já que o PR cogita lançar em 2010 vários nomes, como o do diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, as duas legendas evitam desde já um embate.
O senador Jaime Campos afirma que o que pode dificultar a relação entre o PR e o DEM é a falta de respeito político de alguma legenda. Segundo ele, isso vale não apenas para republicanos e democratas, mas a toda base aliada. "É natural que o que aconteceu com o Jonas tenha sua importância, já que ele tinha bom trânsito com o governo, mas isso não interfere diretamente na política de alianças. O DEM e o PR vão manter o casamento até quando for bom para o grupo, mas para isso tem que haver respeito com os partidos", pondera Jaime, ao ressaltar que o PP e outras agremiações governistas merecem o mesmo tratamento.
Apesar de ressaltar a importância de Jonas, Maggi também diz que a morte do senador no mês passado não trará mudança direta no quadro de 2010. Alega que o relacionamento é institucional. Sustenta ainda que Jonas já havia demonstrado interesse em não concorrer à reeleição. O afastamento deve ficar claro já nas eleições municipais de outubro próximo.
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