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Politica Brasil
Sábado - 08 de Março de 2008 às 09:33
Por: Edilson Almeida

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O convite do governador Blairo Maggi ao ex-vereador Yuri Bastos Jorge para assumir a Secretaria de Turismo recebeu críticas de lideranças do chamado “trade” turístico. Na sexta-feira, durante reunião, foram visíveis a insatisfação deles pela forma como o governador conduziu a situação. Acham que o governador invadiu o espaço do segmento ao convidar alguém sem consultá-los. “Houve total desrespeito aos empresários do setor turístico, que não foram consultados” – opinou André Thurony, empresário do Ecoturismo e presidente da Associação de Operadores de Receptivos.

André afirmou que o turismo movimenta 54 atividades da economia mundial e em Mato Grosso, o turismo vem gerando milhares empregos. Duro nas críticas, o empresário chegou a frisar que a atividade turística não é uma safra: “É uma atividade permanente, por esta razão, é necessária, uma profissionalização de fato no setor” – ensinou. Segundo ele, na escolha do dirigente para a pasta estadual do turismo vale o jogo político e não técnico. “Gostaríamos de ter uma secretaria mais técnica e menos política” disse ele.

Em verdade, por semanas, nos bastidores o segmento articulou no sentido de indicar o nome. Um dos mais cotados era Luiz Carlos Nigro, filho de Leopoldo Nigro, considerado um dos principais articuladores do trade turístico de Mato Grosso. Nigro já contava até mesmo com o apoio político. Ao buscar um nome, Maggi dizia que queria alguém com inglês fluente para atuar junto aos organizadores da Copa do Mundo de 2014. O objetivo é trazer para Cuiabá uma das subsedes da Copa do Mundo. Acaboou, porém, optando por Bastos Jorge, que vinha auxiliando Luiz Antônio Pagot, diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), um dos homens de confiança do governador.

O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro, e também da Federação dos Trabalhadores no Turismo, Divino Braga, também foi na linha de Turony. Ele ressaltou que o governador Blairo Maggi, “mais uma vez” não ouviu o segmento turístico. Ele lembrou que durante as duas campanhas políticas, Maggi prometeu que, em qualquer decisão relacionada ao setor, teria a participação do segmento turístico. “Muito pelo contrário, na sua primeira gestão, ele queria até vincular o turismo a Secretaria de Indústria e Comércio, o que seria um retrocesso.” – relatou.

Divino afrimou que a pasta estadual não vem sendo tratada pelo Governo como se espera e quem perde. Com isso, segundo ele, é o próprio Estado, o setor empresarial e a classe trabalhadora do setor turístico. ”A Secretaria de Desenvolvimento do Turismo, pela lógica deveria ser dirigida por um empresário do setor turístico e não por um político. Isto iria facilitar o andamento e a continuidade dos projetos existentes na secretaria. Cada político que assume o cargo, demora até seis meses para se interar da situação” - disse.

Já o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo, Oiran Gutierrez, disse que a preocupação dos empresários, é com a continuidade dos trabalhos que vem sendo desenvolvido por Pedro Nadaf. Entre as prioridades estão, a 15ª Festa Internacional do Pantanal, a reinternacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, os contratos que estão no Ministério do Turismo e muitos outros projetos de interesse para Mato Grosso.

Com relação ao aeroporto, Oiran destacou a chegada de vôos internacionais, como por exemplo, a companhia Aérea Boliviana e a Aerosur, com vôos para os países da América do Sul, Europa e Estados Unidos. Ele lembrou ainda que com a mudança na Infraéreo, nesta semana, tudo voltou a estaca zero. “A situação fica mais crítica ainda, se não houver continuidade do trabalho de articulação da Secretaria de Turismo do Estado. As lideranças do setor turístico cobram uma resposta em prol do desenvolvimento de Mato Grosso” alertou Oiran





Fonte: 24 Horas News

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