Deputados participam de encontro da Vale do Rio Doce
O projeto do traçado da Ferrovia Norte-Sul (FNS) será apresentado aos mato-grossenses neste sábado( 08.03), pela manhã, no município de Água Boa. A Assembléia Legislativa será representada pelos deputados Daltinho (PMDB), Percival Muniz (PPS) e Guilherme Maluf (PSDB), além do deputado federal Eliene Lima (PP).
Á princípio, a Companhia do Vale do Rio Doce vai mostrar aos convidados dois traçados. O primeiro deles é chamado de Setentrional Norte Sul, saindo de Colinas (TO), passando pelo Pará e, depois pelos municípios mato-grossenses de Santa Terezinha, Vila Rica, Ribeirão Cascalheira, chegando a Lucas do Rio Verde. O segundo traçado, a companhia ainda está avaliando, no entanto, passaria por Tocantins, Goiás e entraria na região de Água Boa.
“Sem dúvida alguma que, o primeiro eixo (Setentrional) é mais viável para Mato Grosso, pois daria a oportunidade para uma região altamente produtiva contar com a ferrovia no escoamento da safra”, destacou Daltinho.
De acordo com o deputado, a integração ferroviária das regiões brasileiras será o grande agente uniformizador do crescimento auto-sustentável do país, na medida em que possibilitará a ocupação econômica e social do cerrado brasileiro.
“A ferrovia busca reduzir o custo do frete para longas distâncias na região, assim como incentivar o desenvolvimento do cerrado brasileiro”, disse o deputado. O cerrado brasileiro conta com uma área de aproximadamente 1,8 milhão de km 2, correspondendo a 21,84% da área territorial do país, onde vivem 15,51% da população brasileira. “A região oferece uma logística adequada à concretização do potencial de desenvolvimento dessa área, fortalecendo a infra-estrutura de transporte necessário para escoamento da sua produção agropecuária e agro-industrial”, justifica Daltinho.
De acordo com dados da Vale do Rio Doce, a FNS será parte integrante do sistema ferroviário brasileiro, conectando-se ao norte com a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e ao sul com a Ferrovia Centro Atlântica (FCA). A FCA é a maior de todas as concessões ferroviárias brasileiras e será responsável por conectar a FNS aos maiores portos brasileiros como Santos, Vitória e Rio de Janeiro, assim como as regiões industriais de São Paulo e Minas Gerais correspondentes a aproximadamente 80% da população brasileira e 56% do PIB nacional.
Quando estiver plenamente em operação, a FNS deverá transportar 12,4 milhões de toneladas / ano, com um custo médio de longo prazo equivalente a US$ 15 / 1000 t.km, menos da metade do frete rodoviário.
De acordo com os estudos mercadológicos, a FNS poderá absorver cerca de aproximadamente 30% do volume de carga transportada pelas principais rodovias, sendo a carga transportada composta de: commodities minerais e produtos agrícolas partindo do norte em direção ao sul e de combustíveis, fertilizantes e carga geral partindo do sul em direção ao norte.
A implantação da Ferrovia a partir de Goiás, tem também um significado muito importante para a viabilização econômica do empreendimento e, especialmente, para o aumento de sua atratividade, uma vez que o volume mais importante de seu carregamento, nas regiões Norte e Centro-Oeste, seguramente, será fornecido pelo Estado de Goiás – grande produtor de grãos e minérios.
Comentários