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Economia
Sábado - 01 de Junho de 2013 às 06:39

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As recentes altas do dólar, que o levaram ao patamar de R$ 2,14 nesta sexta-feira, devem perder força daqui para frente com a elevação da taxa básica de juro Selic, mas ainda é cedo para falar o que vai acontecer com o câmbio no futuro próximo, disse uma importante fonte do governo nesta sexta-feira.


 
Isso porque a economia dos Estados Unidos têm dado sinais de recuperação e, assim, alimentado expectativas de que o Federal Reserve, banco central americano, reduza seu programa de estímulo em breve, o que diminuiria a liquidez externa.


 
"A alta dos juros (no Brasil) tende a mitigar (a alta do dólar)", afirmou a fonte do governo, que pediu anonimato. "Existe uma força enorme (atuando no câmbio), que são os EUA... Tem de esperar um pouco mais para ver o que vai acontecer", acrescentou a fonte, ao ser questionada se a divisa norte-americana no atual nível é inflacionária.


 
Na quarta-feira à noite, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu boa parte do mercado ao acelerar o passo do aperto monetário e elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, a 8% ao ano, para combater a inflação. A economia brasileira cresceu apenas 0,6% no primeiro trimestre deste ano, muito abaixo das expectativas.


 
Nesta manhã, o dólar chegou a subir cerca de 1%, chegando ao patamar de R$ 2,14, influenciado pelo cenário externo e pela formação da Ptax de maio, que foi definida por volta das 13h. Perto de 12h30, o BC anunciou um leilão de swap cambial tradicional, o que reduziu momentaneamente o ímpeto da alta da moeda americana.


 
Como a taxa básica de juros serve de referência para algumas aplicações financeiras, como títulos públicos, a tendência é que a Selic maior atraia mais dólares ao País, exercendo pressão de baixa sobre o dólar. A fonte afirmou ainda que o crescimento econômico tem sido prejudicado pela inflação elevada, tanto a corrente quando as expectativas, o que afeta o consumo.


 
"A alta dos juros é compensada pelo ganho de credibilidade", afirmou a fonte, referindo-se aos efeitos que a Selic maior traz à atividade econômica. Agentes econômicos têm criticado a política econômica do governo, por exemplo sobre a situação fiscal no País, considerada inflacionária devido aos elevados gastos públicos e desonerações.




Fonte: Terra

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