Cuiabá: Em sessão, Permínio chama Lúdio para "porrada"
O entrave das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá provocou discussões e brigas partidárias na Câmara Municipal nesta quinta, no decorrer da sessão. Vereadores do PSDB, partido do prefeito Wilson Santos, se sentem atingidos pelas críticas dos petistas, que culparam a gestão tucana pela suspensão das licitações. O líder do PSDB,. Permínio Pinto, apelou e até chamou o colega Lúdio Cabral (PT) para a "porrada".
A "briga" foi impulsionada pela decisão do petista de apresentar um requerimento junto a Mesa Diretora para que esta acione os Ministérios Públicos Federal e Estadual e também o Tribunal de Contas da União no sentido de esclarecer as irregularidades encontradas no processo licitatório do PAC. Da tribuna, Lúdio disse:
- Tem leviandade e irresponsabilidade de alguns. Tem leviandade de alguns vereadores do PSDB.
Numa reação rápida, Permínio fez o mesmo. Subiu a tribuna e disparou:
- Se o senhor tivesse me chamado de leviano lá fora, as coisas seriam diferentes.
Em seguida, a turma do "deixa disso" entrou em ação. O vereador Edvá Alves (PSDB) tentou amenizar a troca de farpas, mas, mesmo assim, em defesa da integridade do prefeito Santos ao pedir que as explicações não fossem postas em plenário. Ex-secretário de Educação de Santos, Edivá ameniza:
- Quero dizer que assino o requerimento. Mas que o MPE, o MPF e TCU tragam as explicações para a comissão de Constituição e Justiça.
Deucimar Silva (PP) parecia ter a intenção de acalmar os parlamentares, mas acabou polemizando ainda mais. Ele disse que o procurador-geral do município, José Antonio Rosa, é o verdadeiro inimigo do prefeito. Também da tribuna, disse:
- O grande inimigo do prefeito chama-se José Antonio Rosa. Pelo que me parece é ele quem não está querendo o andamento do PAC. O Rosa diz que tem que fazer um edital inibindo a participação das empresas. Já a lei afirma que não se pode limitar essa participação.
A discussão permaneceu durante pelo menos duas horas. Os petistas saíram do plenário com a certeza de que os tucanos querem evitar a qualquer custo mais desgastes sobre a gestão tucana. Já a bancada do PSDB acusa os petistas de oportunistas por aproveitarem da situação na tentativa de obterem vantagens eleitorais. A tensa sessão desta quinta é uma mostra do que vem pela frente em um ano eleitoral cujo ambiente que deveria ser reservado ao debate registra nada menos que os 19 vereadores na corrida pela reeleição.
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